Em decisão tomada pelo juiz de direito Abelardo de Azevedo Silveira, da segunda Vara Criminal e encaminhada aos responsáveis pelos responsáveis do 10º distrito policial o inquérito aberto contra o ex-presidente do Guarani, Marcelo Mingone foi arquivado. O documento, de 05 de outubro de 2016 não entra em detalhes em relação ao que levou a decisão, mas deixa claro que a investigação poderá ser reaberta caso novos elementos apareçam e que justifiquem a investigação.
A resolução é feita com base no artigo 18 do Código de Processo Penal que diz o seguinte: “ Depois de ordenado o arquivamento do inquérito pela autoridade judiciária, por falta de base para a denúncia, a autoridade policial poderá proceder a novas pesquisas, se de outras provas tiver notícia”, diz o artigo da lei de 1941.
O inquérito foi aberto em junho de 2013 pela diretoria na época encabeçada por Álvaro Negrão e que tinha o atual presidente Horley Senna como um dos vices presidentes. Na época, tanto Mingone como o empresário, Hugo Gualter Ardison foram acusados por supostos crimes de estelionato e lavagem de dinheiro. Na época da denúncia, a diretoria do Guarani na ocasião disse que alguns atletas assinaram contratos cedendo parte seus direitos para a empresa Ardizzoni Consultoria Ltda, cujo proprietário é Hugo Ardison, empresário de Mingone. Também foram colocadas sob suspeita as negociações de jogadores como Oziel, Maranhão, Neto, Bruno Mendes, Eduardo, Gabriel Boschilla, Adelino e Léo Cittadini.
Quanto a venda de Bruno Mendes, a acusação que não ficou comprovada é de que a Ardizzoni Ltda teria recebido R$ 2.323.265, 92 da negociação.
O ex-presidente Marcelo Mingone convocou entrevista coletiva para esta quarta-feira, às 09h30, em um hotel no bairro Cambuí. O assunto do encontro não foi revelado.
(texto e reportagem: Elias Aredes Junior)