Com a aparição da denúncia de irregularidades nas categorias de base do Guarani abre-se a possibilidade de investigação por parte da Comissão de Ética e Disciplina da agremiação. No artigo 100 do estatuto do clube, o órgão é descrito com composição de cinco sócios proprietários indicados pelo Conselho Deliberativo e com mandato de três anos e com chance de serem substituídos. Em reportagem publicada nesta sexta-feira no Blog do Paulinho (veja materia aqui) o ex-presidente do Guarani, Horley Senna e o ex-goleiro Gleguer Zorzin são acusados de requisitarem pagamentos para garotos serem inseridos nas categorias de base do Guarani. Ambos negam.
O artigo 101 e o item três demonstra qual a atribuição que seria desempenhada pela Comissão: “(…) Instaurar, por iniciativa própria oiu a pedido dos Conselho de Administração, Fiscal ou Deliberativo, para apuração de possíveis irregularidades em qualquer setor do clube ou infrações à lei, ao Estatuto ou aos Regimentos Internos do Clube, propondo providências e medidas a serem adotadas (…)”.
A comissão, caso receba a denúncia para análise, teria a missão de analisar colher depoimentos e emitir um parecer, que aconselharia absolvição dos envolvidos ou condenação, que poderá ir de uma advertência até expulsão dos quadros associativos do clube.
Fontes ouvidas pela reportagem do Só Dérbi afirmam que caso as irregularidades nas categorias de base sejam analisadas pela Comissão de Ética e Disciplina qualquer decisão só poderia ser revertida pela Assembleia de Sócios, que é o órgão soberano do clube.
Dos cinco atuais componentes, o presidente é Bruno Senna, filho do ex-presidente Horley Senna e que caso chegasse a denúncia ficaria impedido de analisar. Horley Senna, por sua vez, disse que apresentará todos os documentos necessários ao Conselho Deliberativo.
(texto e reportagem: Elias Aredes Junior)