Matheus Bueno ganha um aliado na cabeça de área e o seu futebol reapareceu. Até quando?

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Futebol é como xadrez. Você move uma peça e tudo se transforma. O Guarani passou seis meses insistindo em uma tese: Camacho e Matheus Bueno no meio-campo. Dois jogadores de características semelhantes e parco poder de marcação. Resultado: o Guarani era dominado pelo oponente, abria espaço e a derrota parecia protocolar. Questão de tempo.

Camacho ficou lesionado. Lucas Araújo foi acionado. De repente, o que era confuso e sem sentido ganhou rumo. A marcação ficou azeitada e Matheus lidou com um patrimônio que há muito tempo não sentia: liberdade. Teve espaço para ir à frente, tabelar com Luan Dias e precisou defender quando era necessário. Mas sem a obrigação de carregar o fardo de proteger os zagueiros. Foi outro jogador.

O que isso comprova? Dois fatos. Primeiro que não dá para entender como ninguém argumentou sobre a necessidade de colocar um cabeça de área na equipe. Lucas Araújo é limitado? Sim. Só que é, na prática, a única alternativa defensiva. Prova de que o elenco foi mal montado e que existe a necessidade de reciclagem de conceitos das categorias de base. Além disso, como não existe nenhum jovem jogador pronto para ocupar este espaço? Pois é.

Que ninguém invente daqui para frente. Por enquanto, a imprensa que fica é de Lucas Araújo ser o libertador do futebol de Matheus Bueno.

(Elias Aredes Junior-com foto de Raphael Silvestre)