Mazola Junior x Osmar Loss: passado e presente do futebol separados por uma avenida. Leia e entenda

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A vida tem nuances. Detalhes difíceis de perceber e entender. Em 2019, o futebol campineiro iniciará a temporada com a avenida Airton Senna destinada a separar o passado e o presente. Basta saber detectar o que está diante dos nossos olhos.

Mazola Junior, queira ou não, representa o passado do futebol campineiro. Não falo de sua capacidade e sim de sua característica, um campineiro da gema ou alguém forjado na cidade que dirige a Ponte Preta.

Antigamente, a rotina era que técnicos como Zé Duarte, Cilinho e Jair Picerni estivessem na bolsa de apostas para desembarcarem no Moisés Lucarelli ou no Brinco de Ouro. Gente com todas as características do futebol campineiro na mente. Dificilmente erravam.

Tanto que Zé Duarte ficou cinco temporadas no Brinco de Ouro na década de 1970 e Cilinho foi capaz de ser a fonte de inspiração de um grupo de admiradores, os cilinistas. Claro, Mazola não tem a história destas figuras. Mas é campineiro. Sua tarefa será demonstrar que vale a pena depositar as fichas no passado.

Osmar Loss, nascido em Passo Fundo (RS) há 42 anos, queira ou não, é mais um representante da escola gaúcha. Forjado nas categorias de base no Internacional e com passado no Juventude, Loss teve uma passagem no Corinthians, mas foi nos pampas que construiu sua concepção de futebol. Vai substituir um treinador (Umberto Louzer) cujo pensamento foi alicerçado no interior paulista.

Sai o futebol mais solto e entrará o pragmatismo focado na marcação, força, velocidade e a consequente obtenção da vitória. Uma receita que, bem ou mal, está presente já muito tempo nas pranchetas de Mano Menezes, Felipão, Tite, entre outros.

Independente dos resultados, para quem gosta e estuda futebol, esta próxima temporada será uma fonte de estudos no Brinco de Ouro e Moisés Lucarelli. Tomara que venha acoplada com vitórias bugrinas e pontepretanas.

(análise feita por Elias Aredes Junior)