Neste século, respaldo para treinadores fornecido por Horley Senna é superior a Álvaro Negrão e Lourencetti. Mas perde para Mingone e Leonel

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Reconhecido por polêmicas e atos intempestivos, o presidente do Guarani, Horley Senna, demonstrou uma performance cheia de altos e baixos no relacionamento com os treinadores contratados em sua gestão, que já dura 887 dias.

Neste período, 7 profissionais foram contratados para sentar no banco de reservas. O tempo médio de permanência foi de 126,7 dias.

O período representa um avanço em relação ao seu antecessor Álvaro Negrão, que nos 632 dias que ficou no poder, de 10 de dezembro de 2012 a 03 de setembro de 2014 contou com seis técnicos e com 105,3 dias de estadia. Também é melhor que José Lourencetti, com 2485 dias de gestão e com 118,3 dias de permanência para os profissionais que arregimentou.

Entretanto, o respaldo de Senna fica bem aquém ao concedido por Leonel Martins de Oliveira, que ficou 1.999 dias na presidência do Guarani, de 05 de junho de 2006 a 22 de novembro de 2011 e teve no período 14 treinadores, que ficaram em média 142,78 dias. Como saldo, Leonel apurou os acessos na Série A-2 em 2007 e 2011, na Série C de 2008 e Série B de 2009. Em contrapartida, foi rebaixado na Série B de 2006, Paulistão de 2009 e Brasileirão de 2010.

O campeão de respaldo é Marcelo Mingone- que ocupou o cargo de 30 de novembro de 2011 a 10 de novembro- teve apenas Oswaldo Alvarez e Vilson Tadei, com isso a média ficou em 157,5 dias.

Na gestão Senna, o saldo apurado tem aspectos positivos e negativos. Dos contratados por Horley Senna, apenas dois conseguiram completaram pelo menos uma competição. No ano passado, Pintado disputou todos os jogos da Série A-2 e ficou na nona posição com 27 pontos, dois a menos que o Santo André, que ficou com a oitava vaga e no final assegurou o acesso.

O outro foi Marcelo Chamusca que disputou os 24 jogos da Série C do Brasileirão e agora encontra-se no Paysandu. Com Álvaro Negrão, apenas Tarcisio Pugliese disputou por completou uma competição, que foi a Série C de 2013.

Ao comparar com Leonel Horley Senna perde de goleada, pois o experiente dirigente bancou Luciano Dias por toda a Série C de 2008 e Oswaldo Alvarez na Série B de 2009, além de Vagner Mancini, que mesmo rebaixado disputou todos os 38 jogos do Campeonato Brasileiro de 2010.

(texto e reportagem: Elias Aredes Junior)

 

OS TÉCNICOS EM CADA PERÍODO PRESIDENCIAL NO GUARANI

E MÉDIA DE PERMANÊNCIA

 

José Luis Lourencetti

Período: 01 de julho de 1999 a 19 de abril de 2006 ( 2485 dias)

Técnicos: Carlos Alberto Silva, Ricardo Gomes, Carbone, Dario Pereyra, Hélio dos Anjos, Luis Carlos Ferreira, Zé Mário, Jair Picerni, Giba, Pepe, Barbieri, Joel Santana, Zetti, Lori Sandri, Agnaldo Liz, José Carlos Serrão, Toninho Cerezo,Waguinho Dias (Observação: Carlos Alberto Silva, Luis Carlos Ferreira, Jair Picerni tem duas passagens registradas)

Média de permanência: 118,3 dias

 

Leonel Martins de Oliveira

Período: 05 de junho de 2006 a 22 de novembro de 2011 (1999 dias)

Técnicos: Carlos Gainete, Luis Carlos Barbieri, Waguinho Dias, Carbone, Roberval Davino, Jair Picerni, Luciano Dias, Guilherme Macuglia, Cidinho, Oswaldo Alvarez, Vagner Mancini,Argel, Vilson Tadei, Giba

Tempo médio de permanência: 142,78 dias

 

Marcelo Mingone

Período: 30 de novembro de 2011 a 10 de novembro de 2012 (315 dias)

Técnicos: Oswaldo Alvarez e Vilson Tadei

Tempo médio de permanência: 157,5 dias

 

Álvaro Negrão

Período: 10 de dezembro de 2012 a 03 de setembro de 2014 (632 dias)

Técnicos: Zé Teodoro, Branco, Tarcisio Pugliese, Márcio Fernandes, Evaristo Piza e Vagner Benazzi

Tempo médio de permanência: 105,3 dias

 

Horley Senna

Período: De 11 de outubro de 2014 até a  atualidade

Técnicos: Marcelo Veiga, Ademir Fonseca, Paulo Roberto Santos, Pintado, Marcelo Chamusca, Nei da Matta, Maurício Barbieri

Tempo médio de permanência: 126,71 dias.