Não existe nada mais controverso do que eleger os melhores de todos os tempos de determinada equipe. Você comete injustiças, adota critérios incompreendidos e flerta com a amnésia. O desafio é estimulante. Nesta comemoração dos 106 anos de fundação do Guarani, este integrante do Só Dérbi fará sua lista de melhores da agremiação.
Critério básico: levará em consideração aqueles que viu jogar ao vivo ou pela televisão no período de 1980 a 2017, data que passei acompanhar futebol.
Para o período anterior, quero convidar você, leitor e internauta. Utilize a caixa de comentários para dar os seus nomes, principalmente aqueles antes de 1980. De cara, reverencio os campeões de 1978.. Vamos aos 10 primeiros colocados a partir de 1980 e em ordem decrescente:
10º lugar- Barbieri- Oriundo do futebol catarinense, atuou como segundo volante e foi protagonista no terceiro lugar do Paulistão de 1985. No Brasileirão de 1986, teve grave lesão no joelho e desfalcou o time vice-campeão brasileiro. Muitos acreditam que a história diante do São Paulo seria diferente com ele em campo. Fez parte do time vice-campeão paulista em 1988.
9º lugar Julio César- Zagueiro vigoroso, sua estadia no Guarani assegurou presença na Copa do Mundo de 1986 e transferência ao Brest da França. Um autêntico paredão
8º lugar- Edilson- Fez 33 jogos pelo Guarani. Foi o melhor em campo na vitória por 5 a 2 sobre o Palmeiras no dia 18 de novembro de 1992. Fez dois gols e participou das principais jogadas. Tempos depois, foi vendido ao Palmeiras por US$ 1 milhão.
7º lugar- Ailton- Seu futebol parecia meio tosco. Não tinha uma habilidade refinada. Só que o senso de conclusão era apurado. Fez 13 gols no Brasileirão de 1996 e ficou atrás apenas de Renaldo do Atlético Mineiro e do gremista Paulo Nunes. Posteriormente, foi fazer história no futebol alemão.
6ºlugar Djalminha- Protagonista de partidas memoráveis, camisa 10 clássico, era um maestro dentro do gramado.
5º lugar – Amoroso- Na prática, Amoroso jogou por inteiro apenas um campeonato pelo Guarani: o Brasileirão de 1994. Foi artilheiro do torneio com 19 gols ao lado de Túlio. Poderia ir além, caso não tivesse sido excluído por contusão. O que fez foi o suficiente para entrar na história do clube e ser considerado por muitos torcedores o principal ídolo.
4º lugar- Evair- Fez 73 gols. Foi vice-campeão paulista e Brasileiro. Sucedeu um atacante do porte de Careca. Precisa de algo a mais para justificar sua presença no ranking?
3º lugar João Paulo- Fez 45 gols com a camisa bugrina. Perdeu a conta dos gols que entregou para Evair, Boiadeiro e outros companheiros. Peça vital nas campanhas do vice-campeonato brasileiro de 1986 e do Paulistão de 1988
2º lugar Careca- Se levarmos em conta também o período pré-1980, certamente Careca pode ser eleito por muitos o maior jogador da história do Guarani. Como este ranking abrange a partir de 1980, ele só perde para o seu companheiro de ataque, que viveu uma fase extraterrena entre os anos de 1981 e 1982. Com 117 gols é o maior artilheiro bugrino dos últimos 40 anos. Gênio.
1º lugar- Jorge Mendonça – Fez 88 gols. Decidia jogos e mais jogos. Peça essencial para a conquista da Taça de Prata de 1981. Fez 38 gols no Paulistão do mesmo ano, recorde que não foi batido nos últimos 37 anos. Era técnico, veloz e habilidoso. Fez dois gols na semifinal da Taça de Ouro de 1982. Diante de 52.002 pessoas, o maior da história do Brinco de Ouro. Só não contava com três gols de um certo Zico. Jorjão foi Gênio. Incompreendido.
Técnico: Os leitores certamente consideram Carlos Alberto Silva o maior de todos. Na opinião deste colunista, o cetro vai para Zé Duarte. Dividimos o comando e não se fala mais nisso, ok!?
Outros jogadores que merecem ser citados (período 1980-2017): Giba, Luizão, Jonas, Fumagalli, Edu Lima, Ederson, Paulo Isidoro, Boiadeiro, Valmir, Robson Ponte, Neto, Edmar, Ricardo Rocha, Zé Mário, Sérgio Néri e Marcos Garça
(artigo de autoria de Elias Aredes Junior)