Não há saída. O Guarani precisa voltar para a Série A-1. Voltar a disputar jogos contra equipes da capital. O último foi em 2013, contra o Palmeiras. Dará o seu passo inicial nesta quarta-feira, às 19h30, contra o Oeste, em Barueri. Questionamento que paira no ar: o Alviverde será protagonista ou coadjuvante?
Existem fatores para comprovar o protagonismo bugrino. A equipe entrará em campo sendo uma das únicas equipes da segundona paulista inseridas na Série B nacional. Ou seja, calendário cheio e possibilidade de viabilizar um time competitivo por 20 anos.
Conseguiu? Por enquanto, os sinais estão mais voltados ao lado positivo do que ao negativo. Bruno Brígido tem bom desempenho nos treinamentos, Lenon é sinônimo de regularidade, a dupla de zaga formada por Lucas Kal e William Rocha demonstra bom potencial técnico e Salomão tem nova chance de ser firmar.
O meio-campo tem boas novidades como a volúpia de Baraka e o dinamismo de Ricardinho, enquanto que Dener, Gabriel Leite e Erik já demonstraram bons lampejos. Sem contar a futura entrada de Bruno Mendes e Bruno Nazário, técnicos e com bom potencial ofensivo. Os fatores são suficientes para enumerar o Guarani como protagonista e até postulante ao título.
Fumagalli? Em condições normais não deveria jogar. Já demonstra condição física de outrora. Terá que atuar em uma faixa restrita de campo para fazer a diferença como todos esperam.
O que pode atrapalhar? Para variar, os bastidores. Umberto Louzer exibe potencial para ser bom treinador. Precisa de apoio incondicional tanto dos componentes do Conselho de Administração como do responsável pelo futebol, Luciano Dias. Esse sustentáculo foi preponderante para que outros novatos dessem certo no futebol brasileiro, como Fábio Carille no Corinthians e Jair Ventura no Botafogo.
Caso tal fator não apareça, cedo ou tarde, Louzer sofrerá a instabilidade vivida no ano passado por Ney da Matta, Mauricio Barbieri, Vadão, Marcelo Cabo e por Lisca. Se costumes não sofrerem alterações dentro do Brinco de Ouro, tudo aquilo de positivo existente poderá desmanchar-se em um piscar de olhos. Que os figurantes não atrapalhem os verdadeiros artistas do espetáculo.
(análise feita por Elias Aredes Junior)