O que a Ponte Preta oferece para motivar a permanência de William Pottker por anos e anos? Quase nada.

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Disputar o Campeonato Paulista e as fases iniciais da Copa do Brasil e da Sul-Americana parece ser o destino de William Pottker na Ponte Preta. O executivo de futebol do Internacional, Jorge Macedo esteve reunido na terça-feira (14) com Gustavo Bueno e recebeu a resposta de que não há chance de liberação imediata.

Por outro lado, a oferta é tentadora ao jogador pelo lado econômico: um bom salário e cinco anos de contrato. Ao olhar por esse ângulo, a decisão da Ponte Preta é correta. Ao observar com cuidado, existem falhas no caminho.

Aproveitar William Pottker é um bom começo, mas não garante o final feliz. Seria de bom grado se ao lado dele fossem mantidas estruturas do trabalho do ano passado, jogadores como Felipe Azevedo e Rhayner.

Saíram por ofertas melhores do futebol do exterior ? É verdade. Uma indagação deve ser feita: será que a retirada não aconteceu porque sentiram que não receberiam propostas econômicas melhores no Majestoso ou uma valorização que se enquadrasse dentro do orçamento?

Para arrematar este quadro de desolação, a saída de Eduardo Baptista abriu espaço a promoção de Felipe Moreira como treinador,  na atualidade de braços dados com o fracasso. Os seus defensores alegam que clubes como Sport e Botafogo têm profissionais com os primeiros passos na carreira, como Daniel Paulista e Jair Ventura e nem por isso sofrem as críticas dirigidas ao comandante da Macaca.

Se ninguém avisou eu trato de avisar ao distinto público.

Estes clubes tem permissão para fazer milhões de testes no banco de reservas porque tem um lastro financeiro muito melhor do que o da Ponte Preta. Tem capacidade para contratar jogadores de melhor capacidade técnica. Melhor: exibem disposição de investir.

Mais: a Ponte Preta quer colocar um titulo relevante ao lado da divisão de acesso do Campeonato Paulista de 1969. Para chegar a tal objetivo, precisa de jogadores de qualidade e um técnico experimentado, tarimbado e com sede de conquistas. Que Felipe Moreira tem sede de vencer, não há dúvidas. E quanto a experiência e as mumunhas da bola? Não tem, esquece.

Após este cenário uma reflexão: apesar da sua dedicação e foco, o que William Pottker ganhou em troca da Ponte Preta? Que planejamento ambicioso foi oferecido para motivar o jogador a permanecer por dias, meses e anos? Se William Pottker receber uma oferta para vestir outra camisa o torcedor da Ponte Preta não deve recriminá-lo. Como diz a ideia central de um versículo bíblico, quem planta muito, colhe muito. Quem planta pouco, colhe quase nada. Nem preciso dizer qual o caminho pela atual diretoria pontepretana.

(análise feita por Elias Aredes Junior)