Falta de qualidade, ausência de fibra e desconexão entre os setores foram os ingredientes da derrota da Ponte Preta para o Operário por 1 a 0, em jogo realizado na noite desta segunda-feira, na casa do adversário. O time permaneceu com 40 pontos. O próximo desafio será contra o Confiança, fora.
Jogo começa e adivinha? Gol do adversário! Perdi as contas mas, em 29 rodadas, essa pode ter sido a 17a vez.
Correr atrás do resultado em 17 rodadas é desgaste adicional onde já existe um excesso de jogos em um curto espaço de tempo.
E por isso, esse tem sido um dos principais problemas do time na Serie B.
Bola na área é um desespero e quando o goleiro (único confiável no sistema defensivo) falha a coisa se complicam ainda mais.
Ricardo Bueno abriu o placar aos 6 minutos depois de mais um apagão defensivo.
Após sair atrás o desespero e a desorganização ficam ainda mais evidentes. Todos quererm decidir mas não têm capacidade.
Zagueiros que querem virar volantes, Lazaroni pouco acerta pela esquerda e os volantes pouco objetivos.
Por isso o time fica previsível na dependência de Apodi, Bruno Rodrigues e Camilo. Quando um deles não vai bem, o desespero é ainda maior.
Replicando o que li essa semana: quando Moisés joga tenho saudades do Pato e quando Pato joga dá saudade do Moisés!
A Macaca pouco incomodou o Operário. Troca de passes sem objetividade e nenhuma profundidade. E quando Ruan Renato foi expulso logo aos 12 do segundo tempo, as coisas ficaram praticamente impossíveis.
Apesar da baixa produção ofensiva a Ponte quase conseguiu o empate com Dawhan e no finalzinho com Apodi.
O Operário deixou de jogar muito cedo e deu a bola para Macaca. E isso deixou evidente a limitação dos dois times.
Diziam que a Ponte teve seu elenco montado para o acesso e o time da casa ficou na dele; buscando mais erros defensivos da Macaca para arriscar algo a mais.
Mas como os times tem muitas limitações, o placar que foi construído aos 6 minutos do primeiro tempo, deu números finais a partida. (André Gonçalves-Especial para o Só Dérbi)