Oposição na Ponte Preta entra em rota de colisão com presidente do Conselho Deliberativo

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Apesar de ainda não ter a data definida, as eleições na Ponte Preta já começam a gerar controvérsia, debates e troca de farpas. O novo capítulo desta novela é protagonizada pela chapa de oposição, liderada por Márcio Della Volpe e Miguel Di Ciurcio e pelo presidente do Conselho Deliberativo, Mauro Zuppi.

A controvérsia gira em torno de um requerimento pedido pelos oposicionistas no dia 27 de janeiro, assinado por Miguel Di Ciurcio e que pedia a listagem de conselheiros contribuintes, conselheiros natos e associados da agremiação aptos a participarem da eleição de 2017.

De acordo com os líderes daqueles que se colocam contra ao grupo político de Sérgio Carnielli, a resposta deveria ter sido dada no dia 10 de fevereiro, o que não aconteceu.

Documento enviado pela oposição e assinado por Miguel Di Ciurcio
Documento enviado pela oposição e assinado por Miguel Di Ciurcio

Para pressionar por uma definição, os responsáveis pela página oficial da Chapa Renovação no Facebook publicaram a íntegra do pedido, o que gerou até um debate acalorado entre os responsáveis da página e a esposa do vice-presidente Giovanni Dimarzio, Michelle Dimarzio. A controvérsia aconteceu porque, os oposicionistas acusam Di Marzio de ter declarado em entrevista a Rádio Bandeirantes que o presidente do Conselho Deliberativo não recebeu o pedido, acusação que recebeu imediata resposta e repúdio da esposa do dirigente pontepretano.

André Carelli Nunes, um dos componentes da oposição, por sua vez, esclareceu ao Só Dérbi que o pedido de listagem é respaldado pelo próprio estatuto da Ponte Preta que diz no seu artigo 94, item XI que qualquer sócio tem direito a conhecer o teor de qualquer documento da agremiação, salvo aqueles guardados pela confidencialidade, preceito também respaldado pelo Estatuto do Torcedor, promulgado em 2003. Nunes afirma ainda que não houve resposta aos requerimentos.

A resposta de Zuppi

Em contato com a reportagem do Só Dérbi, o presidente do Conselho Deliberativo, Mauro Zuppi confirmou por intermédio da assessoria de imprensa que a oposição protocolou três pedidos.

O primeiro para solicitar o modelo de ficha da eleição, um segundo pedido referente a listagem dos sócios aptos a votar e um terceiro que pedia o cancelamento da reunião que definiria ou não o aluguel da Unidade Paineiras. O dirigente afirma que os três pedidos foram negados.

Ele afirma, porém que estatutariamente teriam de ser lidos na reunião ordinária do conselho que não ocorreu por da manifestação que obrigou o cancelamento. Segundo Mauro Zuppi, o cancelamento foi necessário para não colocar em risco a integridade física dos conselheiros. “Os documentos foram despachados e indeferidos. Como se trata de requerimento feito por conselheiros, constam do item recebidos e encaminhados na reunião, e têm de ser lidos nela”, explicou.

Quanto as declarações de Giovanni Di Marzio, Zuppi esclarece que mandou uma mensagem para o dirigente dizendo que não recebeu pedido de listagem e se recebesse negaria porque há prazos que precisam ser respeitados, pois a listagem só pode ser liberado em determinado prazo definido pelo estatuto que estabelece as regras das eleições nos artigos 15 a 29.

Porém, Zuppi disse que não recebeu o pedido por ter entendido que era um novo pedido e não um dos três que já havia negado.

 (texto e reportagem: Elias Aredes Junior)