Dedé foi contratado pela Ponte Preta. Há muito tempo uma aquisição não gerava tanta repercussão. O nome da Macaca foi projetado nacionalmente e os torcedores esfregam as mãos para contar com o beque que chega ao Majestoso com status de líder.
Fatores não podem ser ignorados. O atleta está sem jogar há mais de dois anos, passou por uma cirurgia delicada no joelho e talvez (talvez!) nunca alcance o nível apresentado em Vasco e Cruzeiro. Mas é uma aposta que pode dar certo. Desde que tudo seja feito de maneira coerente.
Como? Em primeiro lugar, Dedé e Ponte Preta precisam encarar a temporada como um piloto participa de uma corrida de Fórmula 01.
O Paulistão é a volta de apresentação e com devido aquecimento de pneus. Então é temerário pensar no zagueiro emplacar uma sequencia de quatro ou cinco jogos. Ou dando piques atrás de atacantes.
Nada disso.
Dedé precisa encarar o Paulistão como uma reintrodução ao mundo do futebol de alto nível. Os jogos de que vai participar tem que ser escolhido a dedo em conjunto com a comissão técnica e com a máxima segurança. Se existir risco de lesão ou se emplacar uma série desenfreada de jogos, que seja poupado. Que priorize sua participação nos treinamentos físicos e até em eventuais jogos treinos.
E a corrida? Esta será a Série B. É neste espaço que Dedé deve apresentar-se com potencia total. Exercer sua liderança e ajudar a comissão técnica dentro e fora de campo.
E que ninguém pense que uma possível utilização esporádica no Paulistão invalidará sua contratação. Thiago Lopes e GB estão ávidos por orientação e crescimento técnico. Dedé pode ser o tutor que precisam.
Resumo da ópera: com paciência, tolerância e sabedoria, Dedé pode ser a contratação que pode acrescentar qualidade na Ponte Preta.
(Elias Aredes Junior- foto divulgação Cruzeiro)