Ponte Preta, decepções no gramado e a falta de soluções para os bastidores

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A Ponte Preta empatou com o Juventude. Nada de gols. Escrever o que? Se eu for honesto com o leitor deveria fazer uma retrospectiva dos meus outros artigos. Nada muda. Os defeitos são os mesmos. A falta de imaginação não cessa. O perigo de uma derrota será constante. Sofrimento garantido até a última rodada.

Responsáveis?

Todo mundo sabe.

O técnico Felipe Moreira que não produz variação tática na equipe, exceto no primeiro tempo contra o Sport.

Só.

Também está no rol de responsáveis o presidente Marco Antonio Eberlin. Ele contratou boa parte dos atletas. Ele avaliza a permanência do treinador.

Motivo? Seja por questão financeira, fidelidade ou acessibilidade a comissão técnica, o fato é que ele tem participação no processo. E como conselheiro, Marco Aurélio Moreira entra na lista.

Pode ser suficiente para a permanência? Pode. O campeonato tem um nível técnico tosco. Ser rebaixado na Série C seria um vexame sem precedentes. É provável que nada aconteça.

Todos os fatos descritos acima todos nós sabemos decor e salteado. Eu quero discutir algo além. Muito além. A pergunta é simples: quando será resolvido o quadro caótico que gerou tal situação?

Explico: em todas as entrevistas coletivas, o presidente Marco Antonio Eberlin fala aos quatro ventos sobre a situação delicada vivida pelo clube, as medidas erráticas tomadas na parte administrativa e como isso impede a melhoria do clube e o avanço da instituição. Dívida acima de R$ 250 milhões.

Ok, digamos que o diagnóstico seja correto. Pergunta: por que a Diretoria Executiva não provocou o Conselho Deliberativo a buscar uma solução, ou seja, investigar e punir os responsáveis? E se isso está em andamento, o que justifica a morosidade.

A atual gestão assumiu em janeiro de 2022. Já foram 17 meses de gestão. Tem problemas? Tem. Alguns foram solucionados? Concordo. Se existe algo maior e foi provocado por pessoas ou por determinado grupo, por que nada foi feito até agora?

O que impede? Por que o diretor financeiro Gustavo Valio não dá uma entrevista coletiva e dá em detalhes o quadro financeiro da Ponte Preta e que medidas foram tomadas?

Por que hoje reclamamos do empate com o Juventude. Amanhã podemos ficar contrariados com o que ocorrer diante do CRB. Mas a reclamação será em vão. Porque o bode continua na sala. Sem tirá-lo do espaço, fica dificil fazer uma limpeza completa.

(Elias Aredes Junior-Foto de Marcos Ribolli-Pontepress)