Ponte Preta: o download está perto de ser completado. Não é hora para a conexão cair!

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O jogador Michel Bastos, da SE Palmeiras, disputa bola com o jogador Elton, da AA Ponte Preta, durante partida de ida, válida pela semi final, do Campeonato Paulista, Série A1, no Estádio Moisés Lucarelli.

O mundo está conectado. Todos os dias milhares de programas são baixados da internet para computadores, notebook´s e telefones celulares. Se as facilidades encurtam etapas, infraestruturas deficientes arrebentam com a ambição de uma vida. Transporte tal cenário ao futebol.

Após ganhar do Palmeiras por 3 a 0,  a Ponte Preta está como aquele típico adolescente que resolve baixar um programa pesado e cujo download está em 90%. Não vê a hora de alcançar os 100%. Só assim o programa roda e lhe traz facilidade.

A vantagem é robusta? Deixou o time mais próximo da classificação? O sonho de vingar o Corinthians pela perda dos títulos de 1977 e 1979 parece real? Não há dúvida nenhuma. Mas é preciso atenção para impedir atropelos na “conexão” e evitar que o download fique nos 90% e o adversário chegue na frente..

O dilema inicial está na lateral. Com a suspensão de Reynaldo a solução é bancar a escalação de Artur, esperar o retorno de Nino Paraíba e arrematar os detalhes. Não é bem assim. O lateral pertencente ao Internacional nunca transmitiu confiança. Você pode argumentar que Jeferson estava no elenco e arrebentou contra o Palmeiras. Só que Jeferson está integrado há tempos ao time, está em ritmo de jogo e conhece a metodologia do treinador. Não há como cravar a repetição do padrão com Artur.

A concentração é outro ponto essencial para completar o “download” da classificação. O Palmeiras vai usar todos os trunfos para inverter o quadro. Vai pressionar e buscar o apoio da torcida para desestabilizar a Macaca. A saída é não envolver-se com o clima do estádio. Jogar com força, dedicação, raça, mas sem entrar no clima de instabilidade que será propagado, especialmente por parte do volante Felipe Mello. Junte esta força mental com aplicação nas bolas áereas e sobrará “apenas” os valores individuais como fator de desequilíbrio do Palmeiras.

Algo não pode ser desprezado pela Macaca: a acomodação. Com vantagem de três gols, é natural e normal considerar que mesmo inferior na parte técnica, a Macaca na visão dos atletas tem condições de administrar a chegada ao paraíso.

Alguns personagens serão fundamentais para afastar qualquer resquício de distração: o goleiro Aranha, os volantes Wendel e Fernando Bob e o técnico Gilson Kleina. Profissionais experientes tarimbados e que já viveram diversas armadilhas do mundo da bola. Sabem e reconhecem o caminho da vitória. E o que fazer para evitar que este programa essencial chamado final do Campeonato Paulista seja baixado sem sustos no coração do torcedor.

(análise feita por Elias Aredes Junior)