São 187 jogos com trabalho no banco de reservas da Ponte Preta. Sãs 75 vitórias, 52 empates e 60 derrotas. Mas a ultima passagem deixou péssima impressão. O retorno de Gilson Kleina, anunciado no final da noite desta sexta-feira foi vitaminada pela ausência de alternativas no mercado, das trapalhadas na diretoria executiva na hora de buscar um profissional para substituir Fábio Moreno, agora coordenador.
Acuado, pressionado pelas redes sociais e apoio político incerto, o presidente Sebastião Arcanjo preferiu optar pela bola de segurança.
Não precisa ser profeta para apostar em rejeição de todos os lados pela decisão. Retorno ao cenário antigo, falta de criatividade na busca de novos treinadores e convicção de que o futebol será pobre. Kleina terá que lidar com esse cenário.
Sob ponto de vista pessoal o acordo é bom tanto para Tiãozinho como para Kleina. O presidente pontepretano recebe um escudo considerável. Nos próximos dias, o canhão estará virado para Gilson Kleina. Será contestado nas entrevistas coletivas e na abordagem do dia a dia terá que comprovar que se reciclou. Enquanto isso, o presidente pontepretano sai da pauta de debates. Não deveria. Mas é o que vai acontecer.
Kleina, no entanto, não pode reclamar. O acerto traz vantagens e que vão além da parte financeira. Um profissional que, se tem marcas negativas em suas passagens anteriores também tem um currículo para exibir.
Subiu com a Macaca em 2011 e foi vice-campeão paulista em 2017. E no ano seguinte, quase levou o time ao topo. Mais do que trabalhar em uma equipe de futebol, Gilson Kleina atuará no clube na defesa do seu legado histórico e de sua recuperação profissional. Em um lugar que ele conhece.
Para Tiãozinho é confortável contar com alguém conhecido. Kleina pode celebrar a nova estadia em um local que conhece todos os atalhos. Vai dar certo? Vai dar errado? Impossivel dizer. Só existe certeza de que a Ponte Preta recorreu ao passado para buscar a construção do futuro.
(Elias Aredes Junior)