Ponte Preta sonha com volta de Roger. Mas tirá-lo do Botafogo será difícil

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Ainda sem saber se poderá contar com Lucca e Emerson Sheik para 2018, a Ponte Preta já está atenta ao mercado na busca por um centroavante. E a diretoria já chegou a um consenso sobre quem pode ser o camisa 9 ideal para a equipe, e ele é um velho conhecido do Moisés Lucarelli: Roger, do Botafogo, cria do clube e com forte ligação a pessoas que comandam o futebol pontepretano. Mas a concorrência com o próprio clube carioca, além de outras grandes equipes interessadas, desiludem quem sonha com a contratação.

A distância entre o desejo e a realidade, no entanto, ainda é grande. Roger não é unanimidade entre a diretoria botafoguense, mas criou forte vínculo com a torcida no Rio de Janeiro pelas homenagens a filha Giulia. Adaptado entre os cariocas, se colocou à disposição para renovar o contrato com o Bota – o vínculo atual vai até dezembro. E os números não são ruins. Roger fez 48 jogos e marcou 17 gols, além de contribuir com 10 assistências. A oferta do atual clube dependerá do aval de Jair Ventura.

Roger, porém, nunca escondeu o carinho pelo ex-clube, onde ficou sete dos seus 32 anos de vida. Durante toda a sua adolescência e juventude, o atacante conviveu com pessoas que seguem ligadas ao Majestoso. De acordo com informação apurada pelo Só Dérbi, a Ponte Preta teria cogitado, inclusive, oferecer um contrato de duas temporadas para que Roger se firmasse como a grande referência e liderança em Campinas nos próximos anos.

Em 2016 foram 30 jogos e 11 gols pela Macaca, mas um episódio de pouco esclarecimento acabou gerando a saída de Roger do Moisés Lucarelli da noite para o dia. O jogador explicou a rescisão repentina com a Ponte na época. “Não concordo com a forma como estou saindo. Isso me frustra um pouco, me deixa chateado, mas tenho de acatar. Posso dizer que as pessoas estão tentando me tirar pela porta dos fundos, mas não vou sair, até porque tudo que plantei foi com raízes muito fortes. Acho que eu não merecia isso, falei para o Gustavo (Bueno, gerente de futebol), para o Cristiano (Nunes, coordenador), mas que cabe a eles julgarem. Na minha opinião, cometeram um erro comigo, uma grande injustiça. Não quero culpar ninguém. Levo o carinho do Gustavo, do Cristiano, que se esforçaram para que eu ficasse. Agradeci e passei minha insatisfação com a demissão. Isso não aceito, não entendo e não concordo”, enfatizou.

A Ponte Preta seguirá monitorando a situação do jogador no mercado, mas sofrerá com a concorrência de outro grande clube. O Internacional, iniciando o projeto de retorno à Série A em 2018, também sondou pessoas ligadas ao atacante e demonstrou interesse em levar Roger para Porto Alegre. Atlético-MG e Coritiba também aguardam o término da temporada para avançarem com uma proposta.

(texto e reportagem: Júlio Nascimento)