Prêmio de gestão para a Ponte Preta: é normal sorrir e celebrar graças ao esforço alheio?

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A diretoria da Ponte Preta está em festa. Durante a cerimônia do Programa de Excelência da Federação Paulista, o clube foi premiado com a medalha de ouro do projeto. Prêmio de R$ 80 mil e entregue em cerimônia realizada na manhã desta quinta-feira na sede da FPF.

De acordo com os responsáveis pelo projeto, a intenção é acompanhar os clubes paulistas ao longo da temporada por meio de ações e relatórios que avaliam dez quesitos: Base, Torcida, Infraestrutura, Negócios, Atletas e Comissão Técnica, Desempenho Técnico, Futebol Feminino, Recursos Humanos, Filiação e Gestão e Finanças.

O objetivo é colaborar com a gestão dos clubes, por meio de boas práticas e profissionalização do pessoal. No total  foram distribuídos R$ 1,4 milhão nas distinções ouro, prata e bronze.

Tudo muito bom e bonito se não fosse por um detalhe: a atual diretoria pontepretana sorri graças ao esforço alheio.

Traduzindo: de janeiro até o início de novembro do ano passado, o clube esteve sob a responsabilidade de José Armando Abdalla Junior na presidência e de Gustavo Valio na diretoria financeiro.

Do mesmo jeito que eles foram criticados neste espaço (Abdalla teve sua gestão avaliada com a nota 3,5) também é justo relembrar que quem construiu a estrada para a Macaca ser premiada. Sebastião Arcanjo, vice-presidente da gestão anterior, deveria ficar quieto. Não teve participação. Era e é aliado do presidente de honra Sérgio Carnielli, rompido com Abdalla e Valio.

Em um mundo normal, os ex-dirigentes seriam convidados a participarem da premiação. Mas como o rancor prevalece, a norma é erguer o troféu, dar um sorriso para as fotos e fingir que sempre estiveram por lá. Quando não é verdade. Resumindo: sorrir graças ao esforço alheio não é lá muito bonito. Mas é o que prevalece.

(Elias Aredes Junior)