A divulgação da pesquisa feita pelo instituto Carlos Guimarães e suas naturais reações deixou um dado emblemático em segundo plano. Segundo o levantamento, 12,1% é o percentual dos pontepretanos residentes em Campinas. Desse total, 27,1% encontra-se na faixa econômica acima de cinco salários mínimos. Ou seja, ganham mais de 4670 por mês. São típicos consumidores de classe média, querem serviços de alto padrão e elegeram o futebol como seu esporte favorito.
Existem dois lados nesta questão. A primeira é que ao transformar os resultados em números reais temos 38475 torcedores com poder aquisitivo para investir na Ponte Preta. Se você observar que atualmente o site Futebol Melhor registra 20061 torcedores cadastrados no programa de Sócio Torcedor dá para cravar de que existe um campo a ser explorado, facilitado com a mensalidade de R$ 39,90. Algumas medidas poderiam ser adotadas para incentivar o crescimento das classes mais abastadas dentro do portifólio de sócios.
Enquanto a arena não estiver pronta, cuidar da questão do estacionamento seria prudente. Não existe espaço para a Macaca fazer o seu próprio prédio para abrigar veículos. Não se tem conhecimento de convênios feitos com estabelecimentos ao redor do estádio. Sendo direto: se a pessoa for sócio torcedor paga R$ 20 e se estiver fora do plano paga R$ 30 ou R$ 40 pelo estacionamento. Seria um belo incentivo. Convênios em locais próximos ao Majestoso ajudaria ainda no combate aos flanelinhas. Afinal, é bem mais salutar pagar com desconto para deixar seu carro em segurança do que correr o risco de prejuízo de um furto.
Vou além: por que não firmar acordo com a Transurc e buscar algum tipo de desconto a quem utiliza o transporte coletivo? Determinadas linhas, ao se passar o cartão o desconto não seria integral na tarifa. Deveria ser algo debatido.
O transporte é um único tema com potencial para ser aprimorado e indiretamente atrair sócios com disposição de investir e consumir a marca Ponte Preta. Descontos nos restaurantes dentro do Majestoso, cuidado com banheiros e brindes e mais brindes seriam medidas salutares. Contar com o estádio cheio é a senha para uma campanha histórica. E o programa de Sócio Torcedor não pode ser um trunfo descartado.
(análise feita por Elias Aredes Junior)