Os amigos que me perdoem mas vou na contramão do que vem fazendo tanto a torcida como a imprensa campineira nesta reta final da Série B do Campeonato Brasileiro.
Lógico que será inevitável acompanhar os resultados da rodada.
Mas penso que tanto torcida como jogadores, diretoria e comissão técnica deveriam (tentar) esquecer os outros nove jogos da 37ª rodada e pensar somente nos 90 minutos contra o Goiás. E se conseguir a vitória pensar na sequencia apenas em ganhar do Botafogo.
Seria legal ser beneficiado pelos outros resultados?
Evidente.
A felicidade seria ainda mais esfuziante se saber que os resultados deixassem o Guarani a uma vitória da divisão de elite? Concordo.
Não vamos perder de vista alguns pontos fundamentais.
O primeiro ponto de análise é que o Guarani goza de um privilégio: só depende dele. Nada de cálculos, mandingas, secação contra os oponentes e figa por tropeços dos outros. Duas vitórias e nada mais.
Seria absurda autoconfiança?
Nada disso.
Relembre que nos últimos 10 jogos, dos 30 pontos, o Botafogo ganhou 19 e o Guarani 18. Recorde a atuação diante do Avaí e o triunfo épico diante do Vasco. Será que o Guarani não demonstrou seu potencial para alcançar seu objetivo sem depender de ninguém.
Isso não é soberba. É consciência do quadro. É capacidade e maturidade de ultrapassar os obstáculos. O Guarani teve 36 jogos para acertar, errar, vencer, perder e aumentar o estoque de autoestima. Chegou a verdade. E do Guarani encontrar sua vocação histórica.
(Elias Aredes Junior-foto de Thomaz Marostegan-Guarani F.C)