Rondinelly revela segredos para Série B e afirma desejo de continuar no Guarani

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Passadas as comemorações pelo título e acesso à Série A1 do Campeonato Paulista, a Série B do Campeonato Brasileiro é o assunto do momento no Guarani. Depois da folga no domingo, o elenco se reapresentou nesta segunda-feira no Brinco de Ouro da Princesa e Rondinelly foi o personagem principal da entrevista coletiva.

O camisa 16, autor do terceiro gol na goleada sobre o Oeste, ressaltou a importância do título estadual para a sequência do ano. “A taça foi muito importante para os jogadores, torcedores e instituição. É momento de muita felicidade. Ganhar título depois de muitos anos é de suma importância para o decorrer do ano. A vitória na final coroa um trabalho bem feito, de muito esforço e dedicação. O meu gol foi bonito e que vai ficar na história do Brinco por ser em decisão”, afirmou.

“Os jogadores carregavam um peso de cinco anos na competição. Assimilamos bem isso, entendemos o tamanho da camisa do Guarani e tiramos de letra. Com muita parceria, conseguimos nosso objetivo”, concluiu.

A partir de agora, o foco exclusivo do Bugre está na segunda divisão nacional. Para não repetir os mesmos erros do ano passado, quando chegou a liderança no primeiro turno e brigou contra o rebaixamento até a penúltima rodada, o armador deu pistas de ter sucesso. “Já joguei o Campeonato Brasileiro pelo Palmeiras e Londrina. As equipes são equilibradas. Neste ano, não tem nenhum grande que cai da Série A. O Coritiba, creio eu, é o principal favorito para subir de imediato. Do resto, são 19 equipes brigando. Algumas com chances maiores por conta do poder aquisitivo. Temos que começar muito bem para brigar por algo diferente na competição. Quem estiver mal, vai brigar do meio da tabela para baixo”, alertou.

“É um campeonato muito equilibrado e já temos um jogo difícil fora de casa. Temos que nos preparar bem mentalmente e vamos enfrentar batalhas complicadas. No futebol, o próximo jogo é sempre o mais importante. É preciso esquecer o título, carregar as lembranças e trabalhar arduamente. O futebol não para e toda partida é importante”, disse.

A estreia do Alviverde na Série B acontece nesta sexta-feira diante do Fortaleza, vice-campeão cearense, na Arena Castelão, às 19h30.

FICA?

Um dos destaques do Bugre na Série A2, com cinco gols e cinco assistências, Rondinelly afirmou seu desejo de permanecer para a sequência do ano. “O contrato é até o final do ano. A minha vontade, de verdade, é ficar. Isso vai depender de muitas coisas, mas estou muito feliz aqui. Em apenas três meses e pouco de trabalho, consegui um título, estou criando identificação grande com clube e conquistando o carinho dos torcedores. Isso é muito gratificante para o atleta. Estou bem e quero ficar aqui por bastante tempo”.

O DÉRBI VEM AÍ!

O primeiro encontro entre Guarani e Ponte Preta na Série B está agendado para 05 de maio, às 19h, no Brinco de Ouro da Princesa. Apesar do pouco tempo em Campinas, o jogador já tem conhecimento da importância do duelo. “Se ouve muito de dérbi, principalmente por causa da torcida. Já estão falando que temos que ganhar este clássico. Nós, jogadores, sabemos da necessidade. Mas não temos apenas dois jogos no ano contra a Ponte Preta. São 38 rodadas, vamos dar o máximo. Para os dirigentes e clube, é muito bom ganhar o dérbi, mas temos objetivos maiores, levar o Guarani a voos mais altos. Eu vivi o clássico em Porto Alegre e espero que essa rivalidade seja saudável, sem violência. Isso não agrega nada ao futebol”.

RESPONSABILIDADE MAIOR PELO TÍTULO?

“A responsabilidade vem quando tem coisa boa. Temos que saber lidar com isso, mas por termos sido campeões haverá pressão. Temos que nos fortalecer mentalmente e começar bem a Série B. É muito difícil e precisamos estar preparados. Isso vai depender de muita coisa, como a chegada de reforços para ajudar este elenco”.

APOSENTADORIA DE FUMAGALLI

“O Fumagalli é uma referência. Nos ajudou tanto dentro como de campo. Desde que cheguei aqui, tive essa responsabilidade na armação. No jogo contra o Nacional, o Umberto falou comigo sobre colocá-lo no banco e pediu que eu ajudasse. Não era simples sacar um ídolo. Assumi a vaga e estou conquistando o carinho do torcedor. O Fumagalli tem que ser recordado como um vencedor, mas agora é passado, ele se aposentou e quem ficou vai lutar bastante para conquistar os objetivos”.

(texto e reportagem: Lucas Rossafa)