Se a Ponte Preta mostra dificuldades para assegurar Junior Santos, o que esperar de positivo?

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Mistério é a alma das negociações no futebol. Guardar o segredo de uma negociação pode ser a chave do triunfo. Causa espanto a atitude do Fortaleza em jogar para o alto jargões conhecidos ao utilizar a sua conta oficial no twitter no domingo à noite para anunciar suas negociações para contar com o atacante Junior Santos, autor de oito gols na Série B de 2018 com a camisa da Ponte Preta.

Nesse ponto que desejo abordar. Se marcou gols e assegurou vitórias, ele deveria gerar interesse de permanência para a Ponte Preta. Já está adaptado a Campinas, conta com apoio da torcida e o clube já perdeu André Luis, o que já produz uma dor de cabeça lancinante para Mazola Junior montar a sua estrutura. Nem dá para dizer que o calendário pontepretano não gera interessa. O Paulistão é o regional mais disputado do Brasil; a Copa do Brasil pode gerar projeção e partidas de bom nível técnico: e a Série B, em um time com camisa como a Ponte Preta, poderá gerar um protagonismo. Diga-se que a diretoria fez a sua parte e declarou o interesse em pagar R$ 1,5 milhões pelos direitos econômicos do atleta.

Mas o Fortaleza aparece com a grife Rogério Ceni, um orçamento para o futebol de mais de R$ 30 milhões ou R$ 35 milhões, graças as cotas de televisão e ainda tem o Castelão como possível gerador de renda, pois a conquista do título veio acompanhada de uma média de público de 28702 pagantes por jogo e uma arrecadação bruta no total de R$ 7.866.920. Só para comparar neste dado, basta dizer que a Macaca teve média de 4487 torcedores por partida e arrecadação bruta total de R$ 877.195.

O Fortaleza é um integrante da classe média do futebol brasileiro. Não está rico, mas pode fazer algumas extravagâncias. E não teme ser ultrapassado por quem era seu vizinho até pouco tempo atrás.

A Ponte Preta, infelizmente como muitos times da Série B é uma classe media baixa. Paga as contas para sobreviver. Se quiser impressionar o vizinho, terá que mostrar criatividade. Duro é que os donos da casa não perceberam algo tão simplório.

(análise feita por Elias Aredes Junior)