O Guarani briga pelo acesso. Tem uma defesa com apenas 23 gols sofridos e 39 gols marcados. Como visitante, tomou apenas 12 gols e tomou. É uma boa campanha. Uma equipe dedicada, guerreira, que marca muito e tem um contra-ataque azeitado, que beira ao fatal.
Uma pergunta, no entanto, deve ser feita: qual o limite do Guarani? Alcançou o auge técnico e físico? Corre o risco de virar o fio na reta final?
Não dá para saber.
Primeiro porque apesar dos jornalistas acompanharem os treinos e terem uma noção mais exata do andamento do trabalho (o que é ótimo, diga-se), os dados dos exames, das atividades físicas ainda estão em poder da comissão técnica. E tem que ser assim.
Não quero alongar sobre os desafios esperados contra Vitória (BA), Mirassol, Londrina e Atlético-GO. Todo mundo reconhece que a superação terá que ser a palavra de ordem.
O entrave está nos jogos do Brinco de Ouro. Não digo em relação ao aproveitamento. Que é excelente, de 75%.
Foco nos nove pontos em jogo. Não há saída: aproveitamento de 100% ou fim do sonho. Para alcancar tal feito, a participação da torcida é fundamental. O estádio precisa encontrar-se lotado. Hoje, o local está autorizado para 18170 torcedores. Nada a criticar para quem compareceu nos confrontos diante de Tombense, Novorizontino e Vila Nova. Esses acreditam no acesso.
Mas para que precisa acontecer para que o estádio fique totalmente lotado?
O que mais precisa ser dito para que o torcedor entenda o momento histórico vivido pelo clube? O que falta para tirar este torcedor do sofá?
Estádio cheio faz o jogador tirar suas forças do fundo da alma. Com 50% da taxa de ocupação, é legal, mas não é o ideal. Que os torcedores ausentes tenham consciência daquilo que está em jogo. Não é pouco.
(Elias Aredes Junior com foto de Raphael Silvestre-Guarani F.C)