A divulgação antecipada da tabela da Série B do Campeonato Brasileiro forneceu a prova cabal de que os dirigentes bugrinos e pontepretanos são uma negação no trabalho de bastidores. A sequencia de jogos colocadas tanto para um como para outro deixa evidenciado que o relacionamento político com a CBF precisa ser aprimorado.
O Guarani, por exemplo, terá nas quatro primeiras rodadas, dois postulantes naturais ao acesso, que são Vitória e Paraná. E se o time passar por mudança de treinador? Como implantar um novo trabalho com tantos confrontos diretos pela frente?
A Macaca não fica atrás. A sequência final é perigossima. No turno inicial faz dois jogos em casa com CRB e Sport e depois encerra com o Brasil de Pelotas. A inversão da tabela coloca uma viagem dupla ao nordeste e que mostrará dois oponentes que tradicionalmente estão sempre envolvidos em alguma disputa, seja pelo acesso ou pelo rebaixamento.
E a data do dérbi do turno inicial na semana de comemoração do aniversário da Ponte Preta? O torcedor pode e deve fazer a sua graça. O pontepretano deve sonhar com o “presente” que pediu aos céus; já o bugrino almeja aprontar um autêntico cavalo de Tróia no Majestoso.
O dirigente, por sua vez, não poderia dar este vacilo. Deveria contactar a CBF e explicar o contexto da partida, a inabilidade das autoridades em conter a violência e o combustível inesperado fornecido pela data marcada. Imagine se for no dia 10 de agosto. Os jogadores já são pressionados por natureza. Com esse desafio então, pior ainda. Neste caso, o melhor seria convencer o Sportv a fazer o dérbi como atração na Segunda Campeã, dia 12, às 20h. Não resolveria, mas amenizaria a pressão e o clima de guerra já naturalmente instalado. Na rodada seguinte, os jogos do Guarani contra o Vila Nova e da Ponte Preta contra o Figueirense seriam na sexta ou no sábado.
Da próxima vez, no entanto, que os dirigentes fiquem mais atentos. Futebol ganha-se nos mínimos detalhes. Quem viver verá.
(análise feita por Elias Aredes Junior)