O técnico Osmar Loss tem desafios a serem ultrapassados antes do jogo de segunda-feira, às 20h, contra o Santos, no estádio do Pacaembu, válido pelo Campeonato Paulista. Alguns já começam a chiar e reclamar sobre o produto oferecido no gramado, uma visão na qual tenho discordância. O treinador tem uma filosofia de jogo, jogadas definidas pelos lados e surpresas na bola parada. Só existe um entrave: o desempenho como visitante.
Seja sincero torcedor bugrino: qual jogo neste Paulistão em que o Guarani atuou na condição de visitante e que desempenho satisfatório? Os grandes momentos na competição foram no Brinco de Ouro, as vitórias contra o Corinthians e Botafogo de Ribeirão Preta. A estreia contra o Bragantino foi ruim. O desempenho contra o tricolor paulista valeu pelos três pontos, mas o próprio treinador reconheceu que não ficou satisfeito pelo time ficar muito atrás. Altos e baixos contra o Mirassol e um segundo tempo contra o Avenida (RS) completam o cardápio tenebroso.
Há uma perspectiva. Se o Santos talvez exiba um futebol mais virtuoso do futebol nacional também é verdadeira a constatação de que seja a equipe com menores cuidados defensivos. Atua de modo compacta, trabalha a bola pelos lados e deixa os seus beques adiantados. Ou seja, uma escapada e o confronto vira um Deus nos acuda, como foi diante do Mirassol. Em resumo: sem Diego Cardoso, o Guarani precisa encontrar um atleta capaz de fazer o desafogo pelos lados e com isso ficar mais próximo do gol.
O Santos é favorito. Assim como eram São Paulo e Corinthians. O Guarani soube vencê-los com inteligência. Que o filme seja repetido na segunda-feira.
(análise feita por Elias Aredes Junior- Foto de Letícia Martins-Guaranipress)