O ano era 2004. O Guarani disputava a parte de baixo da tabela, ainda na série A. O Inter era o quinto colocado.
O Guarani vinha de uma derrota por 3×1 para o maior rival. O Inter, de vitória por 2×0, em cima do maior rival.
As realidades eram opostas.
Era uma terça-feira fria de julho, 20h30, no Brinco de Ouro.
Uma derrota empurraria de vez o Guarani para a zona do rebaixamento.
Uma vitória aproximaria o Inter dos primeiros colocados.
Pela TV, lá de Serra Negra, vi um Guarani aguerrido acuar um Inter, jogando de igual, lutando e abrindo o placar aos 44 minutos do primeiro tempo.
O Inter empatou na segunda etapa, mas aquele Guarani não desistiu e garantiu a vitória aos 47 minutos, um pouco antes do apito final.
Naquele ano o Inter foi um dos únicos times que o Guarani venceu no turno e returno. E isso me marcou.
Em 2017 os times se enfrentam pela primeira vez na segunda divisão do nacional.
O Guarani vem de uma queda de produção. O Inter, de uma recuperação.
Mas, já dá pra dizer que o jogo está perdido? Ninguém ganha nem perde de véspera. Futebol são 90 minutos. E muitos outros clichês podem ilustrar o porquê do torcedor acreditar e ir ao Brinco de Ouro, acompanhar o que tem tudo pra ser uma das melhores partidas da série B atual.
(análise de Isabella de Vitto-Especial para o Só Dérbi)