Élvis é criticado é contestado e criticado. É justo? Injusto? Ou é melhor aguardar?

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Elvis teve nova atuação regular contra o Coritiba. Conceito no sentido de mediano, sem arroubos ou lampejos. Nas redes sociais e em grupos de aplicativos de mensagens, o torcedor pontepretano demonstra o seu desconforto ao ver a estrutura física do jogador.

Em contrapartida, não são poucos os cronistas esportivos que defendem a sua permanência em campo, independente de sua forma física. Motivo: não existe outra opção para deixar o meio-campo mais técnico e criativo. Contra o Coritiba, a deferência assegurou apenas bons momentos nas jogadas de bola parada. Nada mais.

Se você perguntar dez vezes ao técnico João Brigatti, em “11” ele defenderá o jogador. Até porque a sua experiência certamente produz ascendência sobre outros jogadores e qualquer turbulência poderia atrapalhar o desenvolvimento do trabalho da comissão técnica.

Isso não impede de se realizar uma pergunta: qual o limite? Sim, porque um cenário é você suportar um jogador de determinadas características em uma competição curta como o Campeonato Paulista. Outro papo são 38 rodadas.

Alguém pode argumentar a sua participação na reta final da Série B do ano passado, quando participou do gol diante do Tombense, fundamental para a permanência. Será que toda hora vai dar certo? É possível cravar que sua escassa mobilidade será útil nas 38 rodadas? Não seria melhor utilizá-lo durante a partida?

Digamos que dê tudo certo. A Macaca faz ótima campanha e Elvis seja a estrela principal. Terá sido como alguém que entra no cassino e ganha na roleta uma bolada. Ou seja: é uma aposta. “Ah, mas os serviços prestados por Elvis?”. Ninguém renega. Ou desmente. Nunca. Ele está na história da Macaca. Para sempre. No entanto, o futebol evolui como raio e o que serve hoje pode ser sem utilidade amanhã. É o caso de Elvis? O tempo dirá.

(Elias Aredes Junior-Com foto de Diego Reis-Especial Pontepress)