Carnielli, Abdalla, Valio, Tiãozinho: a guerra está declarada na Ponte Preta

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De um lado Sérgio Carnielli, Giovanni Di Marzio, Vanderlei Pereira, Sebastião Arcanjo, Tagino Alves dos Santos, Pedro Maciel Neto. Do outro, o presidente José Armando Abdalla Junior, o diretor financeiro Gustavo Válio, dirigentes que recebem a compreensão de figuras da comunidade pontepretana como Nivaldo Baldo, Peri Chaib e Marcos Garcia Costa. Conclusão óbvia: a Ponte Preta está rachada. Não há  diálogo. Entendimento zero. Tudo implodido por gestos adotados pelos dois lados.

Abdalla, mesmo que sem saber trouxe dois treinadores que são desafetos de Carnielli. Mazola Junior que saiu logo no início da gestão de Carnielli na década de 1990 e com todo o direito cobrou seus direitos trabalhistas.

Agora, desembarca Jorginho, aquele que ousou um dia contrariar os ditames de Carnielli, que queria a sobrevivência na Serie A. O treinador preferiu atender ao clamor da torcida e buscar o título da Sul-Americana..

Pegue este caldeirão e tempere com as medidas adotadas nas reuniões do Conselho Deliberativo, como o pedido de esclarecimento de um plano de negócios, do futebol e do marketing junto a diretoria executiva. Sem contar a investigação requisitada pelo grupo de Sérgio Carnielli em cima da chapa de oposição. Prenuncio de confusão e debate interminável. Abdalla e Valio querem viver em paz e sem a interferência de Carnielli.

O presidente de honra quer o encerramento da atual gestão o mais rápido possível. Não há saída: só um conceito irá prevalecer. Não há como duas ideias antagônicas conviverem na mesma instituição.

Carnielli quer acionar o liquidificador político que já estraçalhou Marco Antonio Eberlim e Márcio Della Volpe. Para Carnielli e seus apoiadores, não há condição de apoio ou auxilio. É guerra.

Valio e Abdalla ao cometerem erros no futebol, ficam no mar revolto sem bussola da crise política. Só isso para explicar a demissão de um treinador no meio da semana de preparação para o jogo contra o São Paulo. Talvez o torcedor pense uma única pergunta diante desta guerra a céu aberto: quando a Ponte Preta terá paz? Um dia eles respondem.

(análise feita por Elias Aredes Junior)