Ponte Preta: os novos tempos chegaram. Não é hora de abraçar o atraso!

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O futebol será atingido pelo Coronavirus. De um jeito ou de um outro. As previsões são as de que o dinheiro poderá ficar ainda mais escasso. Os investimentos serão raros. Não será nenhum delírio pensar em concentração de renda. E a Ponte Preta? Como fica neste cenário?

Entendo os defensores do presidente de honra, Sérgio Carnielli. Apostam no seu retorno como uma reentrada no panteão de elite do futebol. Algo que ficou ainda mais exacerbado após as especulações que dão conta sobre um possível pedido de renúncia do atual presidente Sebastião Arcanjo, o Tiãozinho. Fato desmentido por ele por intermédio da assessoria de imprensa.

Independente do futuro político, apostar única e exclusivamente em Carnielli será um erro. Crasso. Nos próximos anos, o futebol exigirá ainda mais profissionalismo dos clubes médios e pequenos. Trabalho comunitário para tirar a equipe da irrelevância. E uma agremiação com tal perfil só conseguirá caminhar com profissionalismo aguçado juntamente com sentimento de pertencimento.

Explico: não bastará apenas ser profissional. Se a torcida pontepretana e os associados não se sentirem representados nas debates do Conselho Deliberativos e nas tomadas de decisão o abismo é logo ali. Existem exemplos no futebol brasileiro. O Cruzeiro por anos e anos apostou em uma gestão focada em gastança exorbitantes e o núcleo de decisão voltado para poucos. Deu no que.

Não fico em cima do muro. Considero que na atualidade nem situação ou oposição estão preparados para os desafios do novo futebol que está por vir. Pensam mais em figuras individuais do que no trabalho coletivo.

Não adianta elevar ao status de deus qualquer pessoa. Qualquer uma. Sem sintonia com o futuro, adaptação aos novos tempos e valorização do conhecimento e das informações geradas pelo mundo acadêmico, tudo vai virar pó. Quem viver verá.

(Artigo de autoria de Elias Aredes Junior)