Guarani, perda de jogadores e a dura realidade de encarar o mercado

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O Guarani queria renovar com o zagueiro Walber e o armador Lucas Crispim. Tinha o desejo de sustentar uma base para começar em alta velocidade o Campeonato Paulista. Não deu certo. O ex-camisa 10 está na rota do Fortaleza enquanto que o zagueiro cedeu aos encantos do Cuiabá, novo integrante da divisão de elite.

Torcedores estão inconformados. A revolta é grande. Pedem contratações e reforços. Cobram o executivo Michel Alves e o presidente Ricardo Moisés. Acham que a montagem do time está atrasada.

Pode até ser. Só que existe uma nova realidade. Existe o lado positivo do Guarani encontrar-se com todas os salários em dia. Isso gera credibilidade no mercado. Fato. Mas estabelece também um limitador. Até para segurar seus principais atletas. Não há poderio financeiro para concorrer com qualquer time da Série A.

O Alviverde, se tudo der certo, vai receber R$ 8 milhões pela disputa da Série B mais R$ 6 milhões a R$ 7 milhões pelo Paulistão. O Cuiabá, só para disputar a divisão de elite nacional deverá embolsar, no mínimo, R$ 30 milhões. Como concorrer? Não dá.

É inegável que o Guarani subiu de patamar no mercado. Mas tem que encarar uma nova realidade. Que só vai mudar o dia que o acesso bater a porta do estádio Brinco de Ouro. Enquanto isso, é trabalhar para extrair o máximo de quem está no clube.

(Elias Aredes Junior)