A confusão entre palmeirenses e pontepretanos e a constatação: torcida única não extermina a violência no futebol!

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Nenhuma estratégia é infalível. Sempre abre brechas. Em um piscar de olhos  tudo vai por água abaixo. Digo isso para analisar a confusão ocorrida antes do jogo entre Red Bull e Palmeiras, em que integrantes da Mancha Verde tentaram invadir a sede da Torcida Jovem, da Ponte Preta, que fica nas proximidades do estádio Moisés Lucarelli, local da partida. A Policia Militar precisou utilizar gás de efeito moral e balas de borracha para dispersar as pessoas.

Acontecimentos registrados em uma partida com 10.389 pessoas, a maioria palmeirenses. Qual a lição? De que abraça a incoerência de quem considera a torcida única para a cura de todos os males da violência no  futebol. A confusão demonstra ineficiência do serviço de inteligência da Polícia Militar e do próprio Ministério Público. Falharam ao não relembrarem que Campinas tem uma terceira equipe. Que utiliza o Majestoso como sede dos seus jogos. E por uma questão financeira, todos os clubes médios e pequenos recebem pelo menos um gigante em seus domínios durante o Paulistão. Traduzindo: chance de renda.

Como o Red Bull Brasil não tem uma torcida expressiva em Campinas e região, seria obvio que qualquer gigante teria prevalência nas arquibancadas. Todas as principais torcidas da capital têm filiais na Região Metropolitana de Campinas. Todas tem rixa com torcedores do Guarani ou da Ponte Preta. Por outro lado se instituir torcida única nos confrontos do Toro Loko, a sua direção terá todo motivo de reclamar porque não terá arrecadado o que obteve os concorrentes. De maneira racional, não há lugar para correr.

Apostar na torcida única sem levar em consideração às característica de cada time e de seus forças  é dar um  tiro no pé. É uma atitude de força e que no final das contas só coloca o problema para debaixo do tapete. Sem um trabalho focado na apuração dos baderneiros e consequente preservação das torcidas organizadas  e um intenso trabalho educativo de médio e longo nem jogo sem torcida resolverá o problema da violência. Quem quer arrumar confusão faz em qualquer lugar.

(análise feita por Elias Aredes Junior)

4 Comentários

  1. A punição que tiveram ano passado foi pouco, precisa de punição mais severa. Ano passado mesmo teve outro caso.
    E dessa vez? Nem jogo da aapp era.

  2. A punição que tiveram ano passado foi pouco, precisa de punição mais severa. Ano passado mesmo teve outro caso.
    E dessa vez? Nem jogo da aapp era.

    E a punição pra torcida do Curintia? Arrumaram briga é queimaram a camisa do Grêmio dentro do estádio, uma ofensa é falta de respeito. Provavelmente uma camisa roubada minutos antes.
    Ninguém nem fala nada… Só se alguém morrer??

  3. Se a semente plantada no Itaquerão vingar vai ser uma mudança radical no futebol brasileiro. Foi pouco noticiada a entrada da IBM para gerenciar os ingressos no Itaquerão, segundo planejamento inicial todo torcedor que quiser ir ao estádio deverá se cadastrar previamente e vai ter de colocar sua digital na catraca pra liberar acesso. Começou-se pelas áreas VIP, camarotes.

    Assim, qualquer cidadão que estiver encrencado com a Justiça será barrado e não entrará no estádio. Brigou no estádio será punido e ficará sem acesso x partidas, jogou objetos no gramado idem, tá devendo pra Justiça a PM já prende na hora. Sabendo disso os marginais travestidos de torcedores vã pensar duas vezes antes de irem ao estádio.

    Além disso, já é sabido que 100% da população usa celular, qual a razão pros ingressos não serem vendidos por aplicativo, bastaria apresentar a tela do celular num leitor colocar a digital e entrou…, dessa forma acaba-se com o cambismo, pois bastaria limitar um ingresso por celular. Além disso vender-se-ia ingressos numerados, evitado que as tais “organizadas” se reúnam em um único local do estádio.

    Quem assiste ao futebol inglês e vê que não há alambrados e uma dezena de policiais separa torcidas locais e visitantes, sem cordas, muros, etc… Vivemos na idade média no Brasil em termos de organização dofutebol..