A façanha de ex-dirigentes e da atual diretoria da Ponte Preta: transformaram o cargo de treinador no pior emprego do futebol brasileiro

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Erros sucessivos, falta de planejamento, convicção gelatinosa sobre o que pretende a respeito de futebol. A diretoria executiva da Ponte Preta conseguiu transformar o cargo de treinador do futebol profissional no pior emprego da modalidade no Brasil. Não, não é exagero.

Digamos que você é um técnico de futebol. Fez o curso da CBF, adquiriu conhecimento e agora quer um time competitivo. De preferência, uma torcida fanática e inflamada, capaz de auxiliar os atletas a exibirem um potencial inexistente. Tudo pronto para fazer história, correto? Nem tanto.

Você faz uma pesquisa minuciosa e descobre que a atual diretoria deste clube (no caso, a Ponte Preta) concede em média 65 dias de trabalho para cada treinador. Em um ato de boa vontade, sua tese é que as demissões foram causadas por causa da incapacidade do profissional. Bem, eis que você toma ciência que um levou a Ponte Preta a sua melhor colocação na história do Brasileirão (Eduardo Baptista), o outro foi campeão paulista com um time de porte menor ao da Ponte Preta (Doriva), teve um com dois acessos no currículo (Marcelo Chamusca), além de dois profissionais identificados com a camisa pontepretana (João Brigatti e Mazola Júnior) e outro reconhecidamente ídolo da torcida (Gilson Kleina). Ninguém durou. Ou foram fritos pela ânsia de dar um passo maior do que a perna.

Um afoito torcedor poderá perguntar: “poxa, todos os times são iguais. Por que pegar no pé da Ponte Preta?”. Eu lembro que há quase um ano não existe um diretor de futebol nomeado e agora foi contratado um gerente para fazer a intermediação entre diretoria e jogadores. Acrescente neste bolo venenoso uma pitada de vaidade e disputa pelo poder protagonizada pelos próprios dirigentes, rompidos com alguém que até bem pouco tempo dava as cartas e o dinheiro para sustentar o clube. E que parece não ter disposição para dividir o poder com ninguém.

Para encerrar, as metas são claras e estabelecidas pelo verdadeiro dono, a torcida: chegar a decisão do Paulistão, embalar campanha digna na Copa do Brasil e ficar entre os quatro primeiros da Série B. Tudo isso sem apoio dos dirigentes e com a pressão na nuca as 24 horas do dia. Convenhamos: em sã consciência, você aceitaria este emprego? Torcedor pontepretano, seja quem for o contratado, receba o profissional de braços abertos. A atual diretoria executiva, juntamente com Sérgio Carnielli, Vanderlei Pereira, e todos os protagonistas dos bastidores não dão motivo algum para considerarmos o trabalho de técnico pontepretano como algo irrecusável. E por culpa exclusiva dos dirigentes.

(análise feita por Elias Aredes Junior)

2 Comentários

  1. Some ao fato de apostarem em uma diretoria jovem e com pouca ou nenhuma experiência… Abdala somente quer o monopólio – barbaroti não sabe o que faz no cargo, sofre de medo e incompetência…. da tiro pro alto nas contratações… apostas de empresários… a pressão sempre existiu na ponte, mas parte da diretoria ao invés de assumir parte da culpa e passar tranquilidade ao treinador o que faz? Queima o profissional!!!! Some o fato do elenco ser muito abaixo da meta da torcia – que diga-se – não é tão alta assim…

    Ou troca a diretoria principalmente a executiva de futebol …. ou a ponte vai pro buraco…

  2. Tudo o que o Carnielli fez de positivo durante sua dinastia na presidência da Ponte Preta ele esta pondo a perder nessa ultima década. Esse Tirando o Dela Volpe, todos os outros presidentes-fantoches foram péssimos!
    Esse atual então, é de um narcisismo do tamanho do universo. Esta queimando o nome da Ponte Preta no mercado.
    O cenário esta insustentável. Não ha outra solução se não a ruptura total com a Carnielli e sua trupe.
    Que esse seja o ultimo mandato dessa turma, pelo bem da Ponte Preta!
    Teremos uma divida enorme a pagar? Sim! Mas que chegue logo a conta e que a proxima turma que entrar consiga oxigenar a Nega Veia com novos pensamentos e que consiga bola a engenharia financeira para pagar o Carnielli.
    E dizem que só conhecemos de fato a esposa(o) quanto se separa ne? Veremos quem é o Carnielli! E espero que seja breve!