A missão do Guarani: fugir da armadilha do gastão desmedido

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O Guarani está em êxtase. Com razão. Conseguiu o acesso à Série B do Campeonato Brasileiro, voltou ao noticiário nacional e no ano que vem poderá almejar cotas de televisão robustas em comparação ao que vinha recebendo. Existe um temor. O Alviverde não pode ser acometido de um espírito gastão, que faz acreditar de que não existe amanhã.

Que ninguém se iluda. A armadilha está preparada. Em primeiro lugar, as cotas de televisão de R$ 600 mil para a disputa da Série A-2 do Campeonato Brasileiro e mais R$ 8 milhões na segundona nacional. Pense ainda nos R$ 350 mil mensais estipulados por via judicial e que são de responsabilidade do empresário Roberto Graziano.

Este aporte não pode fazer o Guarani cair na ilusão de que tudo está resolvido. Não está. Assim como não pode reprisar o pesadelo da gestão de José Luis Lourencetti. Se você não lembra, contamos para você: na ocasião, o dirigente firmou acordo para entrar no Clube dos 13 e um novo horizonte financeiro foi revelado. Só que Lourencetti e seus auxiliares imaginaram que o dinheiro não tinha fim e firmaram acordo fora da realidade do clube. Resultado: uma pancada de ações judiciais e uma crise que parece sem fim.

Para que o pesadelo não apareça no horizonte, a torcida terá que dar sua cota de colaboração. Entender a temporada de 2017 como de reconstrução e que a formação de um time operário e com a meta de buscar o acesso na Série A-2 e a manutenção na Série B. Vou além: um eventual fracasso na parte inicial da temporada não pode provocar uma cizânia capaz de provocar uma mudança de rumos.  Ou seja, gastança desmedida de recursos.

O Guarani deve-se comportar como Luverdense, Brasil de Pelotas, Paraná e equipes com orçamento comedido e que não fizeram loucuras. Assim é que deve ser.

Resultados inesperados vão surgir na temporada. Derrotas e empates amargos acontecerão no horizonte. Formar convicções sobre o rumo do trabalho é fundamental  para posteriormente não cair em tentação. Evitar comer a maça é o passo inicial para o pecado capital não ser cometido no Brinco de Ouro.

(análise feita por Elias Aredes Junior)