A Ponte Preta é um time talhado para o contra-ataque. O que falta para aprender algo tão óbvio!?

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Os números não podem ser adotados como verdades absolutas. São bussolas que orientam a observação do jogo e da disposição da equipe no gramado. A Ponte Preta deu alguns passos com a vitória sobre o Oeste por 3 a 0. Nunca podemos esquecer a fragilidade física do oponente e a entrada de alguns jogadores que incrementaram o setor ofensivo, especialmente o lateral-direito Arnaldo, com mais força e vitalidade que Luis Ricardo. No entanto, as qualidades não podem esconder um número: de acordo com o Footstats, o Mirassol teve 55,2% de posse de bola enquanto a Macaca ficou com 44,8%.

Claro que tomar um gol aos 04min fez o visitante mudar a postura. Lógico que a volúpia de ficar mais com a bola para buscar o empate não pode ser ignorada. Isso não invalida a característica que salta aos olhos: a Macaca ainda é dependente de contra-ataque.

Primeiro pela ausência de um clássico meia armador, o que impede a bola ser trabalhada com esmero. Gerson Magrão? Esqueça. Pode ter sido solução diante do Mirassol, mas a temporada e longa e reserva outras armadilhas. Um atleta como Thalles está longe de ser alguém talhado para um jogada de toque, de envolvimento da defesa. Ele é pura força e velocidade, atributos demonstrados no segundo gol.

Lógico que a Alvinegra está longe do ideal e existe muito para se fazer. Se um caminho for trilhado terá que ser o do contra-ataque, algo conhecido há tempos pelo torcedor. E que deverá entender o processo. Não dá para fazer limão com laranja. Cada um no seu quadro.

(análise feita por Elias Aredes Junior)