Abdalla e Chamusca: sócios no sucesso ou no fracasso na Série B do Brasileirão

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Não podemos ser injustos de avaliar o trabalho de Marcelo Chamusca por um jogo. É querer analisar com o fígado e não com a razão. O que pode ser dito, entretanto, é que daqui para frente a nova comissão técnica terá um sócio no sucesso ou no fracasso na Série B do Campeonato Brasileiro: o presidente José Armando Abdalla Júnior.

Ninguém neste Só Dérbi é louco de contestar a retidão e a honestidade do mandatário. Não é isso que está em jogo, e sim a sua gestão e respectivas medidas.

A retirada de Brigatti foi uma sucessão de trapalhadas. Demitiu o ex-goleiro no domingo pela manhã, antes da viagem para Goiânia. Ou seja, se Chamusca quisesse assistir a partida das arquibancadas, a Ponte Preta iria para a partida sem técnico efetivo.

Dizer que precisava de um comandante mais experiente não cola como argumento. Se isso for verdade, por que deixou Brigatti comandar a Macaca na partida de maior grau de tensão no ano, justamente o dérbi no estádio Moisés Lucarelli? Por que deu cumprimentos e elogios nos bastidores quando venceu o líder Fortaleza no Majestoso? Atitudes conflitantes arrebentam com a credibilidade de qualquer dirigente. Abdalla não é diferente.

Abdalla disse a Brigatti que não poderia fornecer os reforços que pediu. Apostou na troca de técnico. Ou seja, se qualquer jogador aparecer até segunda-feira, data final das inscrições, em quem vamos acreditar? No Abdalla de domingo com Brigatti ou no presidente da entrevista coletiva? Pois é.

Ao comparar com outros times que tinham à disposição um orçamento de R$ 6 milhões, a equipe deixa a desejar. Conseguiu pontos na base da força e do entusiasmo. Chamusca pode conseguir o feito? Pode. No entanto, a diretoria da Ponte Preta é um adversário tão ou mais poderoso do que aqueles encontrados no gramados.

(análise feita por Elias Aredes Junior)