Análise: a volta do Conselho de Supervisão seria um golaço na Ponte Preta. Que a bola não vá para fora

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Vivemos em uma época em que os clubes fazem diferença não apenas no gramado mas por estilo de governança. É possível afirmar que o retorno do Conselho de Supervisão à Ponte Preta seria um golaço para uma agremiação marcada em sua história pela democracia e pluralidade de opiniões e transparência. Marcos Garcia Costa, ex-presidente da diretoria executiva e do Conselho Deliberativo e autor da proposta na comissão de reforma do estatuto, confirmou sua aptidão de camisa 10 dos bastidores da Macaca. Deve merecer todos os elogios por tal ato.

O conselheiro apurou que a  ideia básica seria fazer uma eleição entre os Conselheiros Natos e designar uma grupo de sete ou 10 conselheiros que pudessem avaliar sobre os atos administrativos e de movimentação financeira da Macaca. Não teria a intenção de tutelar ou censurar, apenas de utilizar a experiência de pontepretanos para designar aquilo que é melhor ao clube. Ao conversar com defensores da proposta, me convenci que o Conselho Deliberativo não perderia força. Pelo contrário. Teria sempre a última palavra e o Conselho de Supervisão proporcionaria novos argumentos para que a melhor decisão fosse tomada.

Lanço uma reflexão: se o Conselho de Supervisão estivesse na ativa, será que ele não alertaria sobre os riscos dos gastos feitos em 2017 no departamento de futebol? Não forneceria ideias e argumentos para recuar sobre a decisão de contratar Emerson Sheik? Não fomentaria um debate mais profundo sobre a validade da reformulação total no departamento amador?

Prestem atenção: pelo que pesquisei em clubes com instituição similar, como a Portuguesa, não seria um entrave, apenas um instrumento para que a Ponte Preta tomasse  passos de acordo com o tamanho de suas pernas. Até porque essas pessoas, certamente experientes e com passagens em cargos da Macaca, já teriam vividos períodos de erros e acertos. Nada melhor do que esses personagens para aconselhar, analisar e em ultimo fiscalizar atos da diretoria executiva.

Detalhe: não é invenção da roda. O Conselho de Supervisão já esteve inserido no estatuto da Ponte Preta. Pelo que eu saiba, não há noticia de que os outros presidentes tenham tido dificuldade de governar ou que o Conselho Deliberativo estivesse esvaziado. O que é bom deve e precisa voltar. Que isto seja refletido no Conselho de Supervisão.

(análise feita por Elias Aredes Junior)

2 Comentários

  1. Um Conselho de Supervisão que contasse com a experiência e capacidade de alguém com a estatura moral e os conhecimentos de futebol de um MARCOS GARCIA COSTA seria de grande importância para que a Ponte Preta voltasse a trilhar a vitoriosa caminhada que já empreendeu no passado. Um Conselho desse tipo significa uma orientação altamente democrática e sem nenhum sentido de comparação nos permite lembrar a República de Platão e seu conselho de veteranos capazes de melhor orientar o arroubo dos jovens. Militando por mais de 10 anos na crônica esportiva de Campinas aprendi a querer bem não só a essa grande cidade, mas também aos seus clubes. E durante todo esse tempo encontrei em Marcos Garcia Costa o determinismo, a vontade e a capacidade para colocar a Ponte Preta, que ele tanta ama nos caminhos mais brilhantes que a pujança de Campinas tanto reclama. (Flávio Araújo)

  2. Porque nao retornar oq ja deu certo no passado ???
    Essas diretorias obscuras desde 1996 acabaram com a base , com sedes sociais e o proprio conselho deliberativo que em tempos aureos teve 2.500 socios …
    Ja passamos da hora de recolocar a ponte preta nos trilhos do sucesso de um passado recente …
    Acorda Torcida .. Acorda ponte preta ..
    Essa e a nossa hora de revolucionar e tomar as redeas do nosso clube amado