Em reunião do Conselho Deliberativo realizada nesta segunda-feira, o presidente do órgão, Tagino Alves dos Santos e o vice-presidente Pedro Maciel encaminharam requerimentos para serem apreciados pela diretoria executiva e que podem ser estopim de nova crise política.
Tagino Alves apresentou um requerimento pedindo informações sobre Márcio Della Volpe e um outro a respeito de documentos da chapa oposicionista liderada por André Carelli, Alexandre Garutii e Miguel Di Ciurcio. Pedro Maciel Neto, por sua vez, encaminhou um requerimento para requisitar junto a atual diretoria o plano de marketing, financeiro e do departamento de futebol para o ano de 2019.
Esses pedidos agora serão analisados pela diretoria executiva e após a resposta, o Conselho Deliberativo pode autorizar ou a instalação de uma comissão que analise o teor das denuncias e uma possível punição de acordo com aquilo que está previsto no estatuto.
Apesar de ser um encontro em janeiro, o que poderia levar a um quórum baixo de comparecimento, diversos componentes ligados ao presidente de honra Sérgio Carnielli estiveram presentes. Além do próprio Carnielli, estavam na reunião o ex-presidente Vanderlei Pereira e o ex-vice-presidente Giovanni Di Marzio, que compareceu após de ter encaminhado justificativa de ausência por problemas pessoais. O presidente José Armando Abdalla Junior estava no local, além do diretor financeiro Gustavo Válio.
A apresentação dos pedidos gerou um debate intenso no plenário. A discussão entre Miguel Di Ciurcio e Sérgio Carnielli chamou atenção. De acordo com três fontes que estiveram na reunião, Carnielli teria dito que Di Ciurcio teria a se explicar de agora em diante e que se bobear correria risco de expulsão. A resposta de Di Ciurcio foi de que ele viabilizaria a exclusão do próprio Carnielli.
Em contato com a reportagem do Só Dérbio, o presidente do Conselho Deliberativo confirmou o pedido de investigação sobre a chapa oposicionista.”Existem argumentos por aí sobre irregularidades da chapa. Então, preciso tomar conhecimento destas questões para eliminar de vez. Se existir algo para ser apurado, nem serei eu que vou apurar. Eu criaria uma comissão para trabalhar na questão da apuração. Eu só quero a informação da executiva”, afirmou o presidente do Conselho, que também esclareceu sobre os pedidos que envolvem o ex-presidente Márcio Della Volpe. “Ele respondeu o processo administrativo e a ultima reunião do Conselho Deliberativo e este assunto foi abordado e os próprios conselheiros pediram informações deste processo administrativo. Quero informações para depois prestar esclarecimento ao Conselho Deliberativo”, afirmou Tagino. Pedro Maciel Neto foi procurado e não respondeu. O texto será atualizado assim que resposta for encaminhada.
(análise feita por Elias Aredes Junior- atualizado ás 14h11)
Caro Elias boa tarde!
Lamento não responder imediatamente sua mensagem, mas o whatsApp costumo usar para recados e não para temas e encaminhamentos importantes.
Feita a justificativa explico a razão do requerimento que encaminhei à mesa, na qualidade de conselheiro eleito.
Quero que a Macaca alcance padrões necessários de profissionalismo, padrões que times modernos buscam.
Desejo que o Conselho Deliberativo exija dessa, e de todas as diretorias no futuro, PROFISSIONALISMO na gestão, o que, a meu juízo, EXIGE planejamento e governança, compliance e transparência.
Sem planejamento (plano de negócios, plano de marketing e plano da diretoria de futebol) seremos como um “armazém” de bairro, dependente de pessoas, de iniciativas isoladas e dos humores.
A Ponte Preta tem sede em Campinas, que é sede de uma região metropolitana com quase 4 milhões de pessoas e grandes empresas, um PIB enorme, ou seja: OS PLANOS DE NEGÓCIOS são condição essencial ao progresso, assim como são os Planos Plurianuais para as prefeituras, por exemplo.
Se não conseguimos concorrer com os “grandes” pelas injustas regras postas, temos vencê-los pela competência, criatividade e profissionalismo.
É inadmissível a Ponte Preta não possuir tais planos ou, se possuir, não compartilha-los com a comunidade ponte pretana.
É disso que se trata. Como digo sempre, a minha atuação no CD é INDEPENDENTE, não tenho compromissos impublicáveis com grupos, sub-grupos, situação ou oposição, frequento o majestoso faz 47 anos, desde os meus 8 anos de idade e meu pai desde 1949, meu avô de 1930, quando chegou a Campinas, até seu falecimento em 1989 e meu bisavô Antonio Menon participou dos mutirões da construção do estádio.
Só ficará incomodado com o meu requerimento aqueles que desejam que a MACACA siga na pre-história da gestão privada. Tenho certeza que esse não é o desejo da diretoria executiva ou da esmagadora maioria dos membros do conselho, nem dos milhares e milhares de ponte pretanos.
É assim que penso, sob censura e pronto para ser convencido da inconveniência da iniciativa.
abs
Pedro Maciel