Análise: Empate com o Boa Esporte obriga Guarani a se reforçar para evitar o Z4

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O Guarani amargou o terceiro empate consecutivo no Brinco de Ouro da Princesa na Série B do Campeonato Brasileiro. Depois de tropeçar em Vila Nova e São Bento, em duelos de pouca inspiração, o Bugre voltar a sofrer na criação de jogadas e não conseguiu superar o lanterna Boa Esporte, em troca frenética de treinadores.

Ao longo dos 90 minutos, o time campineiro mal conseguiu furar a retranca adversária e teve atuação burocrática. Mesmo com a entrada de Matheus Oliveira na vaga de Caíque no intervalo, a melhora foi insignificante se comparada com aquilo que deveria ser apresentado diante do pior time da competição. Nem os lampejos de Bruno Nazário, em noite de despedida, foram suficientes para evitar novo fracasso diante do torcedor.

Os responsáveis pelo mau momento em campo têm nome e sobrenome: Palmeron Mendes Filho e Luciano Dias. O presidente e o superintendente de futebol assistem de camarote o desmanche do plantel campeão da Série A2 do Campeonato Paulista e têm postura tímida no mercado. Se a falta de recurso é desculpa, criatividade é a solução. Afinal, em menos de 90 dias, Bruno Brígido, Lenon, Fernando Lombardi, Baraka e Bruno Nazário, nomes da espinha dorsal, saíram. A única reposição satisfatória foi Rafael Longuine, cujo nível técnico é acima da média em relação ao observado na segunda divisão.

O duelo contra o clube de Varginha pressiona e escancara a necessidade de reforços. A manutenção de Ricardinho – pelo menos, temporária – é a única válvula de escape do Guarani, mas o meio-campista não faz milagre. Com Bruno Mendes em péssimo momento, a caça por um centroavante faz-se ainda mais necessária.

A diretoria já admitiu urgência pela busca de goleiro, zagueiro, volante, atacante de beirada e centroavante. Mas reconhecer isso aos quatro cantos e fazer promessas vazias ao torcedor não surtem efeito.

Sem, pelo menos, quatro jogadores tarimbados, o objetivo no segundo semestre é de manutenção na Série B. Falta talento entre os titulares e peças de reposição no banco. Que o mercado ajude o Guarani!

(análise: Lucas Rossafa/foto: Letícia Martins – Guarani Press)

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