Análise Ponte Preta: o torcedor comemora. Imagine o alívio de quem montou este elenco ruim e desequilibrado para o Paulistão

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Não há torcedor pontepretano que não esteja aliviado após a vitória sobre o Novorizontino por 2 a 0. Atuação mediana e a conquista de três pontos fundamentais para a luta contra o rebaixamento e até a continuidade do sonho da classificação.

Só não é de bom grado adotar euforia desmedida. Evolução ocorreu no posicionamento defensivo e a zaga ficou com menor exposição. A dobradinha entre Apodi e Jeferson no lado direito produziu bons resultados, tanto na marcação como na construção ofensiva. Seria melhor se a Macaca tivesse arquitetado uma saída de bola mais qualificada. Pode e deve melhorar.

Tais características não escondem falhas gritantes na questão da armação das jogadas e os altos e baixos do setor de ataque, especialmente de Alisson Safira. Se a equipe rende muito melhor na parte física não há como ignorar que a qualidade técnica individual está aquém do desejado.

Entre análises e avaliações, algumas pessoas encontram-se com “10 toneladas” a menos nas costas: Sebastião Arcanjo, Gustavo Bueno, Vanderlei Pereira e Sérgio Carnielli. Esta galera sorri de orelha a orelha. João Brigatti e os jogadores por enquanto quebraram um belo galho.

Vencer o Novorizontino não apaga o fato de que o elenco não rendeu o esperado, que as confusões políticas continuam e que uma dezena de jogadores foi contratado para a Série B. Uma confissão clara de que o planejamento inicial foi um fracasso.

Como a memória do torcedor é curta e dopado pela vitória não se iluda: em caso de triunfo contra o Mirassol, os gabinetes vão abrir champanhes para celebrar. A permanência, uma possível classificação e o livramento do tribunal de acusação da internet.

(Elias Aredes Junior)