Análise Ponte Preta: uma possível classificação será motivo para passar pano? A incompetência está liberada?

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A torcida da Ponte Preta acordou eufórica nesta sexta-feira, dia 24 de julho. A vitória contra o Novorizontino e os resultados da rodada transformaram a classificação em algo palpável, seja com empate ou derrota. Alguns torcedores nesta comemoração desmedida e antecipada indiretamente passam pano para algumas figuras: Sérgio Carnielli, Vanderlei Pereira, Sebastião Arcanjo e Gustavo Bueno.

Todos integrantes do colegiado do futebol e que são responsáveis pelo festival de incompetência reinante no Majestoso desde o final do ano passado. Talvez nem tanto pelos jogadores, que exibiram um potencial um pouco melhor na retomada da competição, mas especialmente por avalizarem a permanência de Gilson Kleina, que registrava problemas de concepção e filosofia de jogo.

Se a Macaca conseguir a classificação, os méritos devem ser direcionados para alguns personagens. O primeiro é João Brigatti, que assumiu uma bela bronca e após a derrota no dérbi, ao invés de procurar culpados, fez o que se espera de uma pessoa consciente de sua função: foi atrás de preparo. Estudou. Fez reciclagem.

Apesar de atuar de maneira retroativa, Brigatti incutiu na mente dos jogadores o otimismo necessário para vencer o Novorizontino. O preparador Juvenilson Souza não pode ser ignorado. Pelo contrário. O rendimento físico ficou acima do esperado. Foi preponderante para a vitória. Ele pode errar? Sim. Vai se equivocar? Com certeza. Mas é correto dizer que a Ponte Preta tem alguém dotado de senso profissional aguçado e antenado com a ciência do Esporte. Não é pouco. Especialmente se levarmos em conta que a infra-estrutura pontepretana está longe do ideal.

Não despreze outro aspecto: o regulamento. Esdrúxulo, sem sentido, caótico e que provoca tais distorções. Ou seja, a Ponte Preta pode sequer terminar entre os 10 primeiros colocados e vai para a fase decisiva. É justo? Não é. Como também não foi justo a Macaca fazer um caminhão de pontos no ano passado e ficar fora da festa.

Independentemente do resultado, tanto a torcida como o Conselho Deliberativo tem o dever de cobrar explicações do quarteto citado no começo do texto. Não podemos esquecer, aliás, que Vanderlei Pereira como Gustavo Bueno foram protagonistas do desastroso Brasileirão de 2017. Até quando a incompetência reinará impune na Ponte Preta? Até quando meia dúzia de resultados servirão de álibi para esconder e mascarar seguidos erros de gestão no futebol? Que a reflexão comece. Urgente.

(Elias Aredes Junior)