Análise: sem contra-ataque à disposição, Guarani dificilmente conseguirá o acesso

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A entrevista coletiva do técnico Oswaldo Alvarez após a derrota para o Mogi Mirim foi um rasgo de sinceridade. Disse que o time jogou mal e pronto. Nada a mais para comentar. E que os olhos estão voltados nos jogos contra Barretos e Batatais. Duas vitórias e o sonho do acesso continuará vivo. Neste instante, o torcedor bugrino deverá acalentar calma e prudência. Existem defeitos crônicos do elenco e cuja saída é administrar e amenizar as limitações. Resolver na totalidade é quase impossível.

O drama referencial é quanto ao estilo do elenco e dos seus principais jogadores. É um time que atua no contra-ataque. Com espaço, Bruno Nazário e Eliandro fazem estrago. Lorran e Braian Samúdio são colocados neste cenário. Caso contrário, se todos estiverem marcados, a equipe depende apenas e tão somente das bolas paradas de Fumagalli.

Os volantes marcam bem e tem passe razoável mas não são dotados de senso de conclusão aguçado. Gols como de Auremir diante do Rio Claro se constituem em exceções. Uéderson tem utilidade na marcação e para fechar os espaços para quem ataque pelo lado esquerdo. Nunca para armar. Dura realidade.

E os passes errados? Contra o Mogi Mirim ouso dizer que exibiram sua face mais nefasta. Nem tanto por dar a bola ao oponente e sim por deixar incompletos ataques que poderiam ser perigosos.

Nos próximos 180 minutos podem exibir algo inacreditável ao torcedor bugrino: dificuldades para vencer o Barretos pela urgência de propor o jogo e um clima mais à vontade na rodada final por atuar fora de casa e no contra-ataque diante do Batatais.

Os próximos dias de treinamento serão essenciais não só para corrigir tais defeitos como para demonstrar que a derrota em Mogi Mirim não passou de um acidente de percurso. A torcida agradecerá se tudo isto virar realidade.

(análise feita por Elias Aredes Junior- foto de autoria de Gabriel Ferrari-Guaranipress)