O Guarani fez o suficiente para vencer o Sampaio Côrrea. Um gol em cada tempo e três pontos em duas rodadas na Série B do Campeonato Brasileiro.
O torcedor que compareceu ao estádio Brinco de Ouro viu que o técnico Umberto Louzer fez o possível e o impossível para exercer o seu futebol de toque e velocidade, mas especialmente na etapa inicial o adversário impôs dificuldades na marcação homem a homem e expôs uma lição: Rondinelli é essencial no funcionamento no setor ofensivo.
Nos primeiros minutos, os laterais avançavam e os armadores Denner, Bruno Nazário e Rondinelly encaravam uma marcação forte e os passes não tinham continuidade, o que atrapalhou os planos ofensivos bugrinos.
Nas duas vezes que o roteiro saiu do prumo o Guarani ameaçou. Nas duas o camisa 10 foi protagonista.
Na primeira em que Rondinelly participou e Caíque quase fez e na última jogada da etapa inicial quando o camisa 10 bugrino lançou e Denner balançou as redes.
A expulsão do lateral Kaike poderia proporcionar a devida tranquilidade, mas o que se viu em campo foi um Guarani na tentativa de cadenciar o jogo e de buscar o contra-ataque, enquanto o oponente lançava-se ao ataque.
A boa notícia é que se Rondinelly é o alicerce do setor de criação, o banco de reservas não ficou atrás e o gol de Guilherme, ao balançar as redes, mostrou que Umberto Louzer não terá dor de cabeça com opções de banco como teve na Série A-2.
A vitória concede tranquilidade e acumula forças para o jogo de terça-feira, diante do Atlético-GO. E uma lição preciosa: sem a participação efetiva de Rondinelly ou de um armador de criação, as dificuldades vão aparecer.
O que importa é que, apesar da má vontade da diretoria em atender aos pedidos da comissão técnica, o Guarani arquiteta um time competitivo com as peças à disposição. Não é pouco.
(artigo escrito por Elias Aredes Junior)