Apesar da derrota, Doriva elogia comportamento em Recife e já pede foco na Série B

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A Ponte Preta foi derrotada pelo Náutico por 1 a 0, nesta quarta-feira, pela Copa do Brasil. Apesar do revés, que não custou a desclassificação no mata-mata, o técnico Doriva sai satisfeito com a atuação na Arena Pernambuco. “A equipe se comportou legal, fez bom jogo, poderíamos ter feito gol e jogamos para isso. Não acredito que a vaga nas oitavas de final tenha valido mais do que o desempenho. O resultado não era o esperado, mas conseguimos nosso objetivo”, afirmou, em entrevista à Rádio Bandeirantes de Campinas.

O treinador elogiou a postura alvinegra nos primeiros minutos e acredita que isso tenha sido fundamental para que a classificação fosse alcançada. “Era um jogo em que, se o Náutico tivesse marcado no começo, teríamos sido pressionados. Tivemos momentos de lucidez, giramos a bola, poderíamos ter sido mais contundentes, tivemos oportunidade, mas faltou ambição. Não fizemos, mas não acredito que tenha sido uma má apresentação. Vitórias são importantes e precisamos ir atrás delas”, disse.

Com a vantagem sob controle na etapa complementar, Doriva optou em fazer testes na equipe nos minutos finais. A mudança mais interessante foi a entrada do lateral-direito Tony na vaga do atacante Felippe Cardoso. Com a mudança, Igor Vinícius, que fez sua estreia com a camisa da Macaca, foi deslocado para a linha ofensiva, função já desempenhada nas categorias de base do Santos.

“São jogadores que confio e precisam de tempo. A ideia era essa. Só tínhamos jovens no banco. Coloquei o Tony, mais experiente, na lateral-direita, avancei o Igor para o setor de frente. O Tiago é um jogador importante, precisa de ritmo, quis dar minutos a ele em campo. O Lucas Mineiro estava bem, mas o Real, voltando de lesão, é peça fundamental daqui em diante”, afirmou o treinador.

Um dos pontos negativos no duelo foi Marciel. O volante, improvisado na lateral-esquerda, errou todos os seis cruzamentos que efetuou na partida, algo minimizado pelo chefe. “O Marciel teve volume, fez ultrapassagens e tem qualidade para isso. Quem trabalha com ele sabe que tem um pé bom. Às vezes, chega desgastado ao lance. Está improvisado na posição e não temos opções para o setor. O Orinho tem cacoete para isso, mas está bem no ataque. Precisamos de reforços para não improvisar. Isso, porém, faz parte, alguns jogadores exercem mais de uma função e precisamos explorar isso quando necessário”, alertou.

Com a derrota na estreia da Série B do Campeonato Brasileiro para o Paysandu, em Campinas, Doriva pede para que os jogadores já virem a chave da Copa do Brasil e foquem no torneio por pontos corridos. “A Série B é difícil, longa e desgastante. Viagens, com logísticas complicadas, são frequentes. A gente tem que saber rodar o grupo e é preciso ter um elenco forte e homogêneo, com pelo menos duas peças por cada posição. Vamos montar uma equipe forte para buscar a vitória em Criciúma, precisamos somar pontos fora de casa para alcançarmos nossos objetivos na competição”, concluiu o técnico.

(texto e reportagem: Lucas Rossafa/foto: Fábio Leoni – Ponte Press)