Apesar de alguns bons resultados na década, marca da Ponte Preta equivale a 35,9% do valor da Chapecoense

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Na semana passada, a Ponte Preta tomou conhecimento por intermédio da empresa de marketing esportivo Sports Value estipulou em R$ 277 milhões o valor de mercado da Ponte Preta. Mas qual o valor da marca Ponte Preta? Quanto o brasão arrecada para a instituição?

As noticias não são boas.

A Macaca está na 25ª posição e seu valor encontra-se em R$ 23 milhões. Encontra-se abaixo de outros integrantes da Série B como Avaí (R$ 29 milhões) e do América Mineiro (R$ 44 milhões).

Quando seu valor é comparado com a Chapecoense, o quadro fica ainda mais delicado. A Chape vale R$ 64 milhões. Ou seja, a Macaca vale 35,9% daquilo do valor avaliado ao  time catarinense, que ainda tem a desvantagem de disputar no primeiro semestre o Campeonato Catarinense enquanto a Alvinegra está inserida no Campeonato Paulista.

De acordo com a empresa, o valor é apurado de acordo com preceitos estabelecidos por  grandes consultorias europeias e que são intitulados como múltiplos de receitas, que avaliam a marca, sem que a situação financeira faça com que a instituição deixe de funcionar. “Isso significa, que mesmo um clube endividado, que opere com descontrole orçamentário, ainda assim tem valor de marca. Casos como os atuais Cruzeiro ou Botafogo mostram isso. Mesmo com dívidas altas, tem torcida, engajamento, consumo e audiências potencial do mercado consumidor”, afirmou um trecho do relatório.

Por tal conceito primeiramente a variável de potencial de consumo da marca. Neste quesito, são analisados Índices de potencial de consumo, tamanho de torcida, distribuição geográfica, público nos jogos e engajamento no digital.

Outro preceito analisado para se chegar ao valor da marca é o potencial esportivo. Ou seja, quanto maior for o investimento no futebol, maior a chance da marca se valorizar. É feita ainda a análise de quanto se investe em jogadores e departamento de futebol.

Também é aferido a questão das receitas acumuladas por intermédio da marca, ou seja, qual o aproveitamento real das receitas oriundas da marca. “Quanto cada clube conseguiu criar de receitas concretas, graças a força da marca. Patrocínios, licenciamento, estádio, sócios e TV”, completou o relatório da Sports Value.

Por tais conceitos emitidos pela empresa de marketing, chega-se a conclusão que a Ponte Preta não soube aproveitar bem as oportunidades. Nesta década, a Ponte Preta disputou por cinco edições a divisão de elite do Campeonato Brasileiro (2012,2013,2015,2016 e 2017), além de participações em Copa do Brasil, Série B do Brasileiro, Copa Sul-Americana e Campeonato Paulista.

Que a nova década exiba uma mudança de comportamento e de parâmetro.

(texto e reportagem: Elias Aredes Junior)

 

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