Apodi: o que melhorou contra o CSA pode ficar ainda melhor. Leia e entenda

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Márcio Calafiori, jornalista falecido no ano passado, foi um dos melhores editores com quem trabalhei. Sarcástico, bem humorado e inteligente, era capaz de corrigir de maneira rígida e com bom humor. Certa vez, me orientou a reescrever um texto por diversas vezes. No final do expediente, disse: “Agora sim está ótimo. Parabéns”.

No dia seguinte, percebi que existiam outras modificações. Perplexo pedi uma explicação. “Sim, ele estava bom. Mas depois deixei ele ainda melhor”. Essa passagem da minha vida profissional veio a minha mente ao ver a atuação do lateral-direito Apodi na noite de ontem contra o CSA.

Impossível ignorar seu bom desempenho e a participação no gol de Matheus Peixoto. Foi acionado por diversas vezes e deu conta do recado. Quem acompanha futebol, entretanto, sabe que o desempenho do jogador pode ser aprimorado.

Primeiro lugar: quase não se viu triangulações. O trabalho do lateral passar para alguém posicionado na meia, este acionar alguém mais adiante que repassa a bola ao atleta original da jogador.

Seria uma estratégia válida devido a velocidade de Apodi. Certamente tramas treinadas com tal mecanismo pegariam desprevenidas defesas fechadas, um obstáculo que estará diante da Ponte Preta em outras oportunidades.

Ele não tem bom cruzamento? Também pode ser utilizado um expediente simples. Ele disparar pelo corredor , dominar a bola e puxá-la para as proximidades da grande área e cruzar rasteiro na direção do primeiro pau e com isso um jogador aparecer de elemento surpresa. Observação: tais movimentações também poderiam ser testadas por Guilherme Lazaroni.

Fato é que em um campeonato marcado pela transpiração e limitação técnica João Brigatti tem em mãos jogadores que lhe oferecem infinitas variações de jogadas e de posicionamentos. Uma característica fundamental para uma competição de 38 rodadas.

(Elias Aredes Junior)