Após saída de Mazola Junior, a Ponte Preta precisa colocar os pés no chão. E ser orientada pela competência. Vai conseguir?

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A saída de Mazola Junior do comando técnico da Ponte Preta e a exposta inabilidade do presidente José Armando Abdalla Junior para lidar com o tema não faz a opinião pública fugir de  conceitos dolorosos. A primária é que possivelmente o ex-treinador não continuaria para a Série B do Campeonato Brasileiro devido a demora para formatar um padrão de jogo. Faria uma campanha de manutenção e só, talvez sem ambição de alcançar as quartas de final.

Nos cinco jogos sob o comando do ex-técnico, a Ponte Preta demonstrou em lampejos um padrão aceitável e uma estratégia com começo, meio e fim. Diante do Corinthians, na Arena Itaquera, tudo ficou pela metade. A equipe até defendia com eficiência, mas os contra-ataques não eram complementados. Esboço de equipe só surgiu diante do Mirassol, com jogadas de Gerson Magrão pelo lado esquerdo e a versatilidade do lateral-direito Arnaldo no setor ofensivo. Convenhamos: é muito pouco.

O fracasso com Mazola Junior e a trapalhada de Abdalla Júnior em seu desligamento não provoca o desaparecimento da necessidade de constatar que a Ponte Preta não pode sonhar com treinadores top de linha ou para ganhar salários astronômicos. Não há dinheiro para isso. O torcedor pode até comemorar em um instante inicial, mas repatriar Gilson Kleina ou Guto Ferreira na atualidade é uma temeridade sob o ponto de vista financeiro. Ou a Ponte Preta tem condições de pagar R$ 170 mil, R$ 200 mil para uma comissão técnica? Não tem. Simples assim.

O perfil adequado para a Alvinegra é de treinadores com sólido conhecimento tático, que tenham uma filosofia de jogo definida e que ganhem um salário dentro das condições da Ponte Preta. E óbvio, que sonhem com projeção de mercado. Dentro deste aspecto, Mazola Junior não dará dores de cabeça aos gestores na quitação dos seus direitos trabalhistas.

Agora, não adianta ter o conceito em mente e não saber aplicá-lo. Ou seja, contratar errado. E nisto não só Abdalla têm culpa como também o executivo de futebol Marcelo Barbarotti. E convenhamos: já está no clube tempo suficiente para saber disso. Tem a obrigação de conhecer o clube, suas caracteristicas e o encaixe que pode dar resultado em médio e longo prazo.

A Macaca não pode errar o próximo passo. Precisa contratar um novo treinador e solidificar uma linha de trabalho de boa qualidade para 2019. Duro é constatar é que quem está na sala com ar condicionado acertou muito pouco até agora.

(análise feita por Elias Aredes Junior)

2 Comentários

  1. está na cara que a ponte errou e muito com a contratação do Barbaroti – nao tem a menor condição de seguir na diretoria – só trouxe micos de empresários, treinadores duvidosos… alem de incompetente, nao tem o conhecimento do que o time precisa, está ha 1 ano e fez trapalhada! CHEGA!!! BARBAROTI FORA!