O papo aqui é direto e reto.
Vamos imaginar um domingo, dia 10/04, perfeito para a Ponte Preta. A Macaca vence o rebaixado Rio Claro. A combinação de resultados necessária se confirma e dois de três times do Grupo B – Palmeiras, Novohorinzontio e São Bernardo – empatem ou percam. A Macaca, com 22 pontos, estaria garantida na próxima fase.
E daí? Avançar no Paulista não esconde a fragilidade da Ponte neste início de temporada. Ainda que o time tenha apresentado leve melhora de desempenho na reta final desta primeira fase, a atuação do grupo permanece longe de ser convincente. Sabemos também que a diretoria trabalha para resolver o problema e apresentar reforços para o Brasileiro, entre eles Renato Cajá, Renato Chaves e Cajá.
Porém, em que pese a preocupação com o futuro, o momento atual pede um olhar concentrado aos próprios erros deste começo da temporada. Vinicius Eutrópio foi um deles. Os atletas que chegaram como promessas e não vingaram também foram erros. Em campo, o time sofreu com o mal posicionamento da zaga, sentiu a ausência de um homem de criação e não conseguiu a artilharia esperada com Wellington Paulista.
E dá para esquecer que, se tivesse vencido em casa o fraco Mogi Mirim, a Macaca estaria neste momento dependendo apenas dela para classificar-se às oitavas de final? Isso não é pouca coisa.
Jogando no Moisés Lucarelli a Ponte teve retrospecto de três vitórias, três derrotas e dois empates. Perdeu também para o XV de Piracicaba, no jogo com promoção de ingressos em troca de garrafas pets, com cerca de 9 mil torcedores. E para o Santos, por 2 a 0. Não ter feito a lição de casa, pode custar-lhe o “ano letivo”.
Ou seja, não adianta nada golear o Água Santa (7 x 2) depois de ter perdido para o Mogi Mirim (por 1 a 0). Porque no futebol só comemora quem colhe frutos. Só festeja que constrói história. E só quem sabe reconhecer que cada partida é um degrau valioso que pode levá-lo adiante e adiante é quem chegará longe. Infelizmente, na ânsia de pular alguns degraus, a Macaca tropeçou em seus próprios erros, e , caída, precisa que lhe estendam a mão.
(análise feita por Adriana Giachini- Foto de Fábio Leoni-Pontepress)
