Barbarotti analisa trabalho na Ponte e explica fracasso em negócio de Saraiva

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Contratado no final de março em meio à chegada de Doriva e a expectativa por reforços para a Série B do Campeonato Brasileiro, Marcelo Barbarotti está prestes a completar cinco meses à frente da gerência de futebol da Ponte Preta. Nesse período, o dirigente enfrentou pressão da torcida por reforços pontuais e faz balanço positivo do tempo de trabalho.

“No início, tínhamos problemas contratuais de Jeferson e Luan Peres. A ideia inicial era ter espinha dorsal na segunda divisão, mas fomos obrigados a trazer outras peças, até mais consolidadas e com muita criatividade, haja vista a condição financeira do clube. O salário do Hyuri, por exemplo, é fora da realidade do clube mesmo na elite, mas criamos alternativas para fazer negócios. Não deixei o nome do Hyuri cair no mercado para não perder para Coritiba e Goiás, com maior poder de investimento em razão das cotas de TV recebidas”, explicou.

Especulado para assumir a gestão do futebol da Chapecoense, Marcelo ficou lisonjeado de ter sido lembrado, mas negou que tenha recebido qualquer oferta oficial. “Todos acompanham o nosso trabalho. Não chegou nada oficialmente para mim. Recebi ligações de Chapecó, até foi ruim e liguei para o presidente para explicar a situação, ainda mais por ter sido no dia do aniversário do clube. O André Figueirense (o novo contratado) é grande amigo meu e fico feliz de ter sido analisado, mas sigo trabalhando firme na Ponte Preta”, explicou.

O dirigente também explicou o fracasso nas negociações que culminariam na ida de Felipe Saraiva ao Sport. “É um jogador feito em casa, tem valor de mercado e já fomos procurados para clubes do exterior, mas nada oficial. O Sport nos consultou, mas em nenhum momento colocou um nome como contra partida. O Juninho Piauiense não foi oferecido para nós por parte do time de Recife, mas sim pelo Ceará, onde ele estava. Cheguei a buscar informações do jogador, mas não achei que servia para nós dentro do campo. Na Série B, exige muita força e o Felipe se dá melhor na primeira divisão, mas queríamos um contra peso, o que não apareceu”, revelou.

O mandatário também comentou as conversas com os atacantes Éderson e Marcinho, dupla do Fortaleza. No caso do primeiro, o clube não poderia arcar nem com metade do valor recebido no Nordeste, enquanto perdeu Marcinho depois que o interesse campineiro tornou-se público no mercado. “A falta de dinheiro, não só no futebol, é complicado. Temos de achar formas vantajosas para nós, não podemos nos desfazer de jogadores das categorias de base sem contrapartidas. As parcerias com grandes clubes nem sempre são importantes. Isso varia a cada negociação.

(texto e reportagem: Lucas Rossafa/foto: Ponte Press)