Com direito a lei do ex, Ponte perde para o Mirassol e liga sinal de alerta

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A lei do ex é sempre perigosa e deixou a Ponte Preta em situação embaraçosa. Neste domingo, pela 9ª rodada da Série A1 do Campeonato Paulista, a Macaca visitou o Mirassol no José Maria de Campos Maia e saiu derrota com direito a gol de André Luis, jogador do clube em 2012.

Com o resultado, além de cair para a terceira posição do Grupo B com 10 pontos, está a dois pontos e duas posições da zona de rebaixamento.

PRIMEIRO TEMPO
Um primeiro tempo de pouca inspiração e pouquíssimo futebol em Mirassol. O time da casa tropeçava na própria limitação, mas ainda sim foi beneficiado pelo paupérrimo nível técnico apresentado pela Ponte Preta.

Eduardo Baptista optou por uma escalação com três volantes e um jogador de armação, mas não conseguiu organizar o meio-campo e muito menos proteger a defesa. Luan Peres e Renan Fonseca sofreram na bola área e nas infiltrações de Zé Roberto, Rodolfo e Marlon logos nos minutos iniciais.

Além das seguidas finalizações de Zé Roberto, a bola área apresentou grandes preocupações para o goleiro Ivan. Os cruzamentos de Xuxa finalizados por Edson Silva e Wellington Silva incomodavam – eles, inclusive, marcaram dois gols bem anulados pela arbitragem na bola parada.

A Ponte Preta não conseguia reagir. Jeferson era o jogador que tentava carregar a bola para o isolado Felippe Cardoso, mas sem sucesso. Mas, aos 36 minutos, a rede balançou favoravelmente ao Mirassol. Xuxa cruzou, Jeferson desviou contra o próprio gol e no rebote André Luis contra seu ex-clube: 1 a 0 para o Leão.

SEGUNDO TEMPO
Após 45 minutos iniciais tenebrosos, Eduardo Baptista tentou corrigir a postura da Ponte Preta e montar uma equipe mais agressiva. Promoveu a entrada de Léo Artur no lugar de João Vitor, amarelado e nervoso, além de tentar implementar gás com Yuri no lugar de Felippe Cardoso – que se apresentava a arma mais perigosa da equipe campineira no primeiro tempo.

A tomada de iniciativa nos primeiros minutos pelo lado dos pontepretanos chegou animar a torcida. Marciel, logo aos cinco minutos, finalizou de fora da área e exigiu do goleiro Fernando Leal, mas parou por aí… O Mirassol voltou a crescer de produção e não encontrou dificuldades de penetrar na defesa da Macaca, mas esbarrou na própria limitação técnica – o time briga contra o rebaixamento.

A última tentativa de Eduardo Baptista foi aos 30 minutos do segundo tempo com a entrada de Gabriel Vasconcelos na vaga de Jeferson. O treinador abdicou do 4-4-2 para voltar ao 4-3-3 que vinha utilizando nas rodadas anteriores. Os momentos de bom futebol da Macaca foram na bola parada. Renan Fonseca quase empatou o jogo aos 31 minutos, mas parou em grande defesa de Fernando Leal.

Nos minutos finais, a Ponte Preta tentou jogadas de velocidade com Silvinho pelas beiradas, mas não obteve êxito. Moisés Egert armou uma retranca para segurar a segunda vitória do Mirassol em nove rodadas do Campeonato Paulista.

O próximo compromisso da Ponte Preta será no dia 5 de março, segunda-feira, contra o Bragantino. Antes, pela terceira fase da Copa do Brasil, a equipe de Eduardo Baptista recebe o Sampaio Corrêa pela Copa do Brasil.

(crônica de Júlio Nascimento)

FICHA TÉCNICA – Mirassol  1 x 0  Ponte Preta

MIRASSOL – Fernando Leal; Danilo Boza, Wellington Silva, Edson Silva e Marlon; Wellington Reis, André Luis (Douglas Baggio), Paulinho e Xuxa (Léo Baiano); Rodolfo e Zé Roberto (Dalberto). Técnico: Moisés Egert

PONTE PRETA – Ivan; Emerson, Renan Fonseca, Luan Peres e Orinho; João Vitor (Léo Artur), Jeferson (Gabriel Vasconcelol), Marciel e Daniel; Silvinho e Felippe Cardoso (Yuri). Técnico: Eduardo Baptista

Árbitro: Leandro Bizzio Marinho (SP)

Gol: André Luis aos 36 minutos do primeiro tempo

Cartões amarelos: Emerson, João Vitor, Orinho e Luan Peres (AAPP); Zé Roberto e Léo Baiano (MFC)

Estádio: José Maria de Campos Maia, em Mirassol

Público: 1.919 pagantes

Renda: R$ 23.408,00

7 Comentários

  1. E o grupo da AAPP, que no começo era apontado como um dos mais fortes, vem se mostrando o mais fraco dos grupos. Será que a AAPP vai seguir o caminho de Santo André, Guarani e Audax (vice num ano e rebaixado no ano seguinte?)

  2. Dizer o quê desse time?? Os maiores responsáveis por essa situação são os 239 conselheiros que elegeram essa diretoria, onde estão essas pessoas agora???. Já nessa diretoria o maior culpado por essa situação é Sérgio Carnielli que escolhe acólitos como Gustavo Bueno, que inexplicavelmente continua no cargo e pior preparando o elenco pra Série B. Pergunto, o que faz ou tem feito Ronaldão na Ponte? Por que ninguém chega junto desses atletas e da comissão técnica e pede explicação por tanta indisciplina???

  3. O pior, João, é eles fazerem na Série C o que o Fluminense deve fazer para a B, ou seja, pagarem o que devem! Acho que este ano há uma grande chance dum acerto de contas do futebol brasileiro.