Com mais dois anos de contrato, ex-joia do Guarani vira problema no Majestoso

2
1.549 views

O futebol de Campinas é um verdadeiro celeiro de bons jogadores. Em diversas épocas surgem grandes valores que acabam engrenando em tempos distintos. Nos últimos dois anos, Guarani e Ponte Preta apostaram em um mesmo jogador. Após se destacar na Copa São Paulo de 2016 levando o Bugre as quartas de final e se destacando diante do Corinthians, João Guima foi promovido pelo técnico Pintado e assumiu responsabilidades no Brinco de Ouro mostrando que tinha tudo para ser o mais novo craque bugrino. Tinha.

Após se destacar com a camisa do Guarani na Série A2 do ano passado, foi incentivo por seus representantes – que são da sua família, a lutar por um contrato melhor e ter mais garantia de utilização no Brinco de Ouro. Mas o recuo da direção bugrina somado a alegação de falta de estrutura para o crescimento de João Guima foram o primeiro passo para uma briga que terminaria na justiça.

Além disso, a pressão aumentou na carreira de João Vittor quando ele decidiu subir a avenida Ayrton Senna e assinar um contrato de três anos (até julho de 2019) com a Ponte Preta. Ciente da responsabilidade que teria de enfrentar unido a pressão de uma das maiores rivalidades do futebol mundial, Guima chegou sob desconfiança e cobrança de muitos torcedores. Foi avaliado pelo então técnico Eduardo Baptista e só recebeu oportunidades na reta final da temporada de 2016.

Foi então que o meia de 20 anos se perdeu na caminhada e passou a dar enorme trabalho a diretoria pontepretana. Antes profissional, foi rebaixado ao time sub-20, mas faltou em diversos treinos sem explicações. Quando ganhou perdão da comissão técnica, passou a ser alvo dos torcedores nas redes sociais com muitas fotos e vídeos de João Guima em festas pela cidade de Campinas. A solução encontrada foi emprestá-lo durante o Campeonato Paulista ao Penapolense.

Pouco interessado, foi utilizado em apenas duas oportunidades na equipe de Penápolis e retornou ao time campineiro. Novamente foi contestado pela parte interdisciplinar e novos problemas no extracampo fizeram com que o jogador caísse em descrédito com a comissão técnica de Gilson Kleina e a diretoria da Macaca. Estagnado, o atleta deixou claro que não tem vontade de rescindir o contrato que tem duração de mais 22 meses no Moisés Lucarelli.

Agora, a Ponte Preta segue em busca de um novo clube para emprestá-lo, mas enquanto isso terá que lidar com o fato de ter apostado em um jogador que tinha tudo para dar certo. Tinha.

(texto e reportagem: Júlio Nascimento)

2 Comentários

  1. O menino não precisava ficar no Guarani, mas também não tinha que ter ido para a AAPP. Todos sabem que a pressão sobre ele seria grande. Além disso, ele deveria saber que dificilmente teria chances de ser titular na Série A, mas teria ótimas possibilidades de assumir a titularidade na Série C, que é onde o Guarani estava em 2016.

    Sendo rebaixado para o time de base, acho que o garoto acabou se abalando psicologicamente e está se perdendo nas baladas campineiras.

    João Vitor, não sei se você lerá meus comentários. Mas, rapaz, vamos por a cabeça em ordem, ok? Você tem futebol. Cometeu seus erros, mas ainda dá tempo de dar a volta por cima. Sendo emprestado novamente, faça o seu melhor e tente conquistar seu espaço no futebol. Que Deus o abençoe e ilumine seu caminho. Volte-se para Jesus Cristo.