Não existiu nenhuma declaração formal. Nenhum dos dirigentes dos dois lados vai confirmar. Afinal de contas, uma rivalidade é feita de lances escancarados e planos secretos. Só que a promoção de ingressos detonado pela Ponte Preta para o jogo de sexta-feira, às 19 horas, contra o Mirassol, é uma última tentativa da Macaca ganhar do principal rival pelo menos na bilheteria e por tabela conceder uma taça de consolação aos torcedores.
Para o jogo com o Mirassol, a diretoria anunciou que cobrará R$ 10 para quem vier ao Majestoso usando a camisa da Macaca. Quem é participante do programa de Sócio Torcedor poderá trazer um acompanhante gratuitamente.
Para chegr a tal conclusão sobre este clássico nos bastidores, basta fazer o diagnóstico. Neste ano, a Ponte Preta empatou o dérbi no Majestoso e perdeu o segundo jogo no Brinco de Ouro. Na pontuação geral, o Guarani sonha com o acesso enquanto a Alvinegra conta as rodadas para assegurar a permanência.
Se a principal virtude bugrina é o ataque com 36 gols anotados, no caso da Macaca restou apenas Caíque França como trunfo. O que resta? Deveria ser o público. Até porque no primeiro semestre, a Ponte Preta teve mil motivos para embalar com a conquista da Série A-2 enquanto que o Alviverde teve um Campeonato Paulista opaco.
A Série B inverteu tudo. Hoje, a média de público do Guarani é de 5.389 torcedores por jogo enquanto que a Alvinegra tem 4.189 torcedores. No derbi do Majestoso, o público foi de 11.726 pessoas. No segundo turno, o Guarani atraiu 15.937 torcedores.
Em resumo, se o Guarani chegar ao final com melhor média, o Conselho de Administração do Guarani poderá alardear em todos os campos que tem melhor mobilização que o rival. A Ponte Preta, entretanto, caso termine com média de público superior ao Alviverde, poderá nutrir a satisfação de dizer que tem a torcida mais mobilizada da cidade. A sorte está lançada.
(Elias Aredes Junior – com foto de Marcos Ribolli-Pontepress)
