Daniel Paulista, 50 jogos pelo Guarani. Um feito para ser celebrado. Muito!

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A vitória sobre a Ferroviária, a fuga do rebaixamento e a manutenção da esperança de classificação foram todas celebradas por Daniel Paulista. Inclusive uma em especial: os 50 jogos no banco de reservas.

Pense que na última década, Daniel Paulista está atrás de Umberto Louzer, com 54 partidas. Não tiro sua razão ao comemorar a marca. “ Estou feliz com mais uma marca aqui alcançada. Não é fácil no futebol brasileiro. São 50 jogos em competições como o Paulista e a Série B. Nós temos que melhorar. Mas de maneira geral o trabalho está fluindo bem. Os atletas estão entendendo nossa metodologia desde o ano passado. Estamos satisfeitos com tudo que vem acontecendo, mas a gente quer mais. A camisa do Guarani é muito pesada”

Parece que não, mas o fato revela algo preocupante: a instabilidade do cargo de técnico do Guarani. Ninguém se segura. Uma turbulência e a troca é imediata. Pensar em quatro ou cinco temporadas? Esquece. É aqui e agora. Lamentável.

Daniel Paulista tem defeitos em seu trabalho? Evidente que sim. A dificuldade de trabalhar jogos de média dificuldade – Confiança na Série B, lembra-se!?- e uma dificuldade de produzir rendimento satisfatório dos reservas é algo que não pode ser ignorado.

Existem aspectos positivos. Quando teve um elenco minimamente razoável nas mãos, Daniel Paulista produziu um futebol ofensivo e interessante.

Hoje, com um elenco de qualidade ruim nas mãos, Daniel Paulista ficou notabilizado pela obsessão de fazer com que o treinamento apareça no jogo. Quantas jogadas ensaiadas e treinadas apareceram contra a Ferroviária? Não deu certo? Aí temos que apontar o óbvio: o time é limitado. E vem a pergunta: quem contrata? Pois é.

São 50 jogos. Parece pouco. Mas no Guarani flerta com o milagre.

(Elias Aredes Junior- Thomaz Marostegan-Guarani Futebol Clube)